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Sesimbra, 24 mai (Lusa) -- O coordenador do BE, Francisco Louçã, exigiu hoje "pratos limpos" e "transparência" a Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas sobre um eventual aumento de impostos decorrente da redução da TSU negociada no acordo com a 'troika'.
Durante a visita à cooperativa ArtesanalPesca, em Sesimbra, Francisco Louçã falou aos jornalistas e foi questionado sobre as declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, segunda-feira em Nova Iorque, que a redução da Taxa Social Única (TSU), negociada no âmbito do resgate a Portugal, "vai implicar um aumento de impostos", especialmente naqueles que incidem sobre o consumo.
"O Governo que das eleições resultar vai fazer um novo aumento de impostos que não estava no programa de nenhum desses partidos para reduzir contribuições patronais, pedindo ao contribuinte que vá pagar mais impostos", denunciou.
O coordenador do Bloco de Esquerda quer por isso que esta questão fique clara "tim-tim por tim-tim": "Os portugueses têm o direito de saber em quem é que estão a votar e para quê e não serem enganados nestas eleições", afirmou, pedindo que, se "há um imposto escondido, novo, na manga", que PS, PSD e CDS "venham para a rua dizer o que querem fazer" com esse novo imposto.
"O que eu não quero aceitar é a destruição da Segurança Social. A campanha seria uma verdadeira fraude se o maior ataque à Segurança Social pública viesse a surgir pouco tempo depois das eleições com um grande aumento de impostos, no segredo sobre os portugueses", defendeu.
"Agora pratos limpos", desafiou: "Eu peço ao Eng. José Sócrates, ao Dr. Passos Coelho e ao Dr. Paulo Portas que se querem um aumento de impostos para atacar a Segurança Social: pratos limpos. Venham dizer às pessoas com transparência".
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