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Um grupo de reclusos do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz, em Grândola, provocou esta terça-feira uma "alteração à ordem" para exigir "qualidade e quantidade" dos produtos da cantina, revelou fonte do sindicato que representa os guardas prisionais.
"A situação está controlada, mas existe a possibilidade de haver alguma desordem durante o período de jantar ou, depois, no encerramento geral dos presos", adiantou à agência Lusa Paulo Limão da Silva, da direção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).
O mesmo responsável precisou que a alteração à ordem foi promovida por um conjunto de cerca de 100 reclusos, que exigiu "qualidade e quantidade dos produtos existentes à venda na cantina".
Na tarde desta terça-feira, indicou, o protesto foi "resolvido pelo pessoal de serviço" e "não houve necessidade de chamar pessoal que estava de folga, nem de pôr em alerta o Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais (GISP)".
De acordo com dirigente sindical, o grupo de reclusos fez "o chamado levantamento de rancho, faltando à refeição do almoço", mas "nunca entrou em rota de colisão com o corpo da guarda".
Por outro lado, o sindicalista explicou que, embora o regulamento interno permita a sua instalação, ainda não foram colocadas as máquinas de venda directa de tabaco e de outros produtos nas alas da prisão.
"Mas houve também quem falasse de outros produtos como presunto, queijo e fiambre", acrescentou Paulo Limão da Silva.
O responsável do SNCGP lamentou ainda que os reclusos tenham aproveitado "a situação de greve" dos guardas prisionais para, também eles, "colocarem em prática um protesto que poderia ter acontecido noutra altura".
Os guardas prisionais terminam na quarta-feira o segundo período de greve, que serviu para exigirem alterações ao estatuto profissional, alertarem para a falta de condições de trabalho, ausência de efetivos e problemas de segurança.
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