sábado, 31 de março de 2012

OS TEMPOS DIFÍCEIS DA HUMANIDADE



Fidel Castro Ruz – Cuba Debate

O mundo está cada vez mais desinformado no caos de acontecimentos que se produzem a ritmos jamais suspeitados.

Os que temos vivido um pouco mais de anos e experimentamos determinada avidez pela informação, podemos testemunhar o volume de ignorância com que encarávamos os acontecimentos.

Enquanto no planeta um número crescente de pessoas carece de habitação, de pão, d’água, de saúde, de educação e de emprego, as riquezas da Terra são malgastadas e esbanjadas em armas e em intermináveis guerras fratricidas, o qual se tornou – e se desenvolve cada vez mais- em uma crescente e abominável prática mundial.

Nosso glorioso e heróico povo, apesar de um desumano bloqueio que já dura mais de meio século, não tem inclinado jamais suas bandeiras; lutou e lutará contra o sinistro império. Esse é nosso pequeno mérito e nosso modesto contributo.

No pólo oposto de nosso planeta, onde está localizada Seul, capital da Coréia do Sul, o presidente Barack Obama se reúne numa Cúpula sobre segurança nuclear para impor políticas vinculadas à disposição e ao uso das armas nucleares.

Trata-se sem dúvidas de fatos insólitos.

Pessoalmente não percebi estas realidades por mero acaso. Foram as experiências vividas durante mais de 15 anos desde o triunfo da Revolução cubana – após a batalha de Girón, o criminoso bloqueio ianque para render-nos mediante a fome, os ataques piratas, a guerra suja e a crise dos mísseis nucleares no mês de outubro de 1962 que colocou o mundo à beira de uma sinistra hecatombe -, quando tive a certeza de que marxistas e cristãos sinceros, dos quais conheci muitos; independentemente de suas crenças políticas e religiosas, deviam e podiam lutar pela justiça e pela paz entre os seres humanos.

Assim o proclamei e assim o sustento sem nenhuma vacilação. As razões que hoje posso alegar são absolutamente válidas e ainda mais importantes, porque todos os fatos acontecidos desde há quase 40 anos o confirmam; hoje com mais razão do que nunca, porque marxistas e cristãos, católicos ou não; muçulmanos, xiitas ou sunitas; livre pensadores, materialistas dialéticos e pessoas pensantes, ninguém seria partidário de ver desaparecer prematuramente nossa única espécie pensante, na espera de que as complexas leis da evolução criem outra semelhante e que seja capaz de pensar.

Será com prazer que amanhã, na quarta-feira, cumprimentarei a Sua Excelência o Papa Bento XVI, como o fiz com João Paulo II, um homem ao qual o contacto com as crianças e com os cidadãos humildes do povo suscitava-lhe, invariavelmente, sentimentos de afeto.

Por isso, decidi solicitar-lhe alguns minutos do seu muito ocupado tempo quando conheci, segundo palavras de nosso chanceler Bruno Rodríguez, que ele gostaria deste modesto e simples contacto.

Fidel Castro Ruz

27 de março de 2012 - 20h35

3 comentários:

Anónimo disse...

Quando o genocida cubano fala, o mundo se cala.

Anónimo disse...

PORQUÊ?

Estás a perder tempo, anónimo anterior:

Por que não falam os outros estadistas e outras entidades como Fidel?

Têm infinitamente mais meios de comunicação e mais capacidades de toda a ordem e oportunidades para o fazerem e não fazem PORQUÊ?

... Não fazem por que na verdade são eles os genocidas!

O anónimo anterior, ou é distraído, ou está ao serviço deles!

Anónimo disse...

Encontro do Papa com Fidel Castro em Havana

(28/3/2012) Bento XVI e o antigo líder cubano Fidel Castro reuniram-se na Nunciatura Apostólica em Havana, à porta fechada, durante cerca de meia hora.
Em conferência de imprensa, o director da sala de imprensa da Santa Sé referiu que a reunião foi “muito cordial” e abordou questões da atualidade mundial, temas de ciência, cultura e ecologia.
O Papa manifestou a sua alegria por estar em Cuba, manifestando a sua gratidão pelo acolhimento recebido, segundo o padre Federico Lombardi.
Fidel Castro manifestou-se sobre a beatificação de Madre Teresa de Calcutá, tendo colocado perguntas sobre as mudanças na liturgia católica e sobre o papel do Papa, a quem assegurou que acompanhou esta viagem através da televisão.
Ambos brincaram com a sua idade e Bento XVI, que em abril completa 85 anos, disse ser um “ancião” que ainda faz o seu trabalho.
O Papa falou das suas viagens, dos encontros com as populações e prometeu enviar livros a Fidel Castro, que lhe pediu textos para aprofundar a temática da relação entre fé e razão.
O antigo presidente cubano falou das dificuldades nos tempos atuais, para a humanidade, e Bento XVI aludiu à ausência de Deus.
Com o Papa estiveram ainda a mulher e as duas filhas de Fidel Castro.
O encontro decorreu pouco depois de Bento XVI ter apelado "à liberdade religiosa em Cuba, na missa final da sua visita de três dias ao país, afirmando que esta ilha precisa de mudanças e "transformação social".
Fidel Castro revelara ter solicitado ao Papa “uns minutos do seu ocupado tempo”, assinalando que a resposta positiva lhe chegou através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, segundo o qual Bento XVI ficaria agradado com "este modesto e simples contacto”.
O Papa, que completa 85 anos em abril, termina hoje a sua segunda viagem à América Latina, iniciada na sexta-feira com uma visita ao México, tendo-se seguido, desde segunda-feira, a ilha de Cuba.


http://www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=575593

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