quinta-feira, 31 de maio de 2012

Portugal: FORÇAS DE SUPOSTA SEGURANÇA PÚBLICA GERAM INSEGURANÇA




Ontem publicámos conteúdos relacionados com a PSP, agora o título é sobre a GNR. Devido à crise, ao calor ou pelo facto de Cavaco e o governo se encontrarem nos poderes e mostrarem-se apologistas da lei do porrete e até da bala (Cavaco PM nos incidentes na Ponte 25 de Abril), o certo é que as intermitentes forças de segurança têm apagões que geram insegurança ao mais otimista, incauto e indefeso cidadão.

Neste caso a uma senhora e filho, no norte de Portugal, a GNR fez das suas. Segue-se o artigo do JN. Neste caso, com em mais alguns, os cidadãos recorreram à justiça para que aquela indique aos GNRs, assim como aos PSPs em outros casos, com maior tendência para o neofascismo o caminho certo no desempenho dos cargos que devem desempenhar. E a tal justiça indica? Respondam as vítimas e os lesados.

Que as agressões a cidadãos por parte de agentes que deviam ser de segurança estão a multiplicar-se é o que parece. Que o ministro da tutela esta num grande faz-de-conta alternado com um deixa-andar… é o que parece. Entretanto as tais ditas da segurança andam em roda livre. Muitos são os que depois de maltratados nem se queixam, nem pugnam pela justiça devida para não terem de andar a pagar e a perder tempo que julgam dar em nada judicialmente. A impunidade grassa e ao vermos agentes da dita segurança começamos a sentir-nos inseguros. Um presidente, uma maioria, um governo. Foi o que deu. É o que está a dar. (Redação PG – LV)

Mãe e filho acusam GNR de agressões durante operação STOP


Uma mulher e o seu filho formalizaram no Ministério Público uma queixa contra militares da GNR de Canedo, Santa Maria da Feira, que acusam de abuso de autoridade, coação e agressões, revelou, esta quinta-feira, a advogada dos queixosos.

Informada do essencial da acusação, fonte do Comando-Geral da GNR disse que a hierarquia da corporação vai averiguar o que se passou, a fim de tomar as medidas que a situação exigir.

Adiantou, no entanto, que "a instituição Guarda Nacional Republicana não se revê nos comportamentos descritos pelos cidadãos", exortando-os a avançarem com uma participação dos factos na própria GNR, na PSP ou mesmo na Inspeção-Geral da Administração Interna.

Os queixosos preferiram levar o assunto ao MP de Santa Maria da Feira e, segundo a advogada, a queixa entrou naqueles serviços na quarta-feira.

O teor do documento centra-se em episódios da tarde de 7 de maio, na sequência de uma ordem de paragem dada a Maria de Fátima Oliveira e ao seu filho José Ricardo, que seguiam numa viatura de transporte de sucata.

José Ricardo, que tinha sido anteriormente detetado a conduzir sem carta, afiança que, desta feita, ocupava o lugar do passageiro, sendo a viatura conduzida pela mãe, mas os militares da GNR tê-los-ão coagido a admitir o contrário.

A recusa de ambos em ceder à "forte tortura psicológica" dos militares e um pedido de Maria de Fátima para que os agentes se identificassem terão gerado o grosso dos atos violentos que José Ricardo relatou e que a participação ao MP corrobora e detalha.

Os queixosos referem, por exemplo, que um dos agentes atirou José Ricardo contra a porta do carro-patrulha, "com tal violência que a porta ficou amolgada", desferindo-lhe dois murros e puxando-lhe o cabelo.

A mãe, assinala a queixa, tentou socorrer o filho, "mas, mal se aproximou, o agente mandou-lhe um murro na testa, desequilibrando-a".

Ao ser algemada, Maria de Fátima - que diz ter problemas cardíacos e na coluna - terá sido atirada para uma vala enlameada, numa altura em que chovia intensamente.

José Ricardo terá sido igualmente algemado pelos agentes, sendo antes agredido a murro, nas costas, e agarrado pelo pescoço, afiançam os queixosos.

Maria de Fátima e o filho, que descrevem várias lesões alegadamente provocadas pelos militares, foram levados para o posto da GNR de Canedo, mas, como não confirmaram "algo que não ocorreu", foram libertados no local e tiveram de percorrer a pé, sob chuva intensa, os cerca de dois quilómetros que os separavam da sua viatura.

"No meio de tudo isto, o que me indigna é como puderam bater numa mulher doente e em mim, sem a gente lhes fazer mal nenhum", observou José Ricardo.

Não foi possível confirmar em tempo útil uma informação segundo a qual os militares associados ao caso se terão antecipado à queixa no MP, avançando com uma participação criminal contra os dois cidadãos.

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