domingo, 10 de junho de 2012

Guiné-Bissau: Presença da Missang custou 10 milhões de dólares a Angola



EL - Lusa

Luanda, 10 jun (Lusa) - A manutenção de 270 militares e polícias na Guiné-Bissau, no âmbito da presença da Missang, custou 10 milhões de dólares (cerca de 8 milhões de euros) A Angola, noticia hoje o Jornal de Angola.

Daquela verba constam ainda os gastos resultantes com a execução de vários projetos para os setores da Defesa e Segurança guineenses, acrescenta o diário estatal angolano, que cita o tenente-general Gildo dos Santos, comandante da Missang.

A Missão de Angola na Guiné-Bissau foi criada ao abrigo de um protocolo assinado entre os dois países, no âmbito da ajuda de Angola ao Programa de Reforma das Forças Armadas Guineenses.

O programa, interrompido na sequência do golpe de estado executado a 12 de abril passado e que depôs o Presidente da República Interino, Raimundo Pereira e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, estava orçamentado em 13 milhões de dólares e incluía a reparação de quartéis militares e esquadras policiais, a reorganização administrativa, a formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efetivos em instituições de ensino militar e policial em Angola.

Na sequência da chegada, sábado, a Luanda dos últimos militares angolanos que se encontravam estacionados em Bissau, o Governo divulgou um comunicado em que manifesta ter cumprido o seu dever.

"Apesar de não ter sido concluído o programa previsto no acordo e no protocolo, por razões alheias à sua vontade, o Governo angolano retirou a Missang com a firme e inequívoca convicção de dever cumprido", lê-se no comunicado.

O documento acrescenta que a Missang soube "preservar a atitude de equidistância em relação a todas as partes e de não ingerência nos assuntos internos da Guiné Bissau, mantendo a frieza necessária, mesmo perante as provocações inusitadas daqueles que pretendiam justificar a ilicitude dos seus atos".

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Geraldo Sachipengo Nunda, e o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos, receberam os efetivos regressados de Bissau.

A Missang foi substituída por forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), comandadas pelo tenente-general Guibanga Barro, do Burkina Faso.

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