PMF - Lusa
Lisboa, 14 jun (Lusa) - O PS considerou hoje que o primeiro-ministro e o ministro das Finanças estão a ter uma atitude de "zombies" num momento em que os riscos financeiros de Espanha e Itália podem contaminar toda a zona euro.
A crítica foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar, Carlos Zorrinho, no final de uma reunião do Grupo Parlamentar do PS.
"O PS está muito preocupado com os problemas verificados ao nível das taxas de juro de países como Espanha e Itália e com os perigos de contaminação. Neste contexto estamos ainda mais preocupados por o primeiro-ministro e o ministro das Finanças terem neste processo uma atitude de zombies", disse.
Segundo o presidente do Grupo Parlamentar do PS, num momento tão crítico para a Europa, "aparentemente", nem Pedro Passos Coelho nem Vítor Gaspar "participaram na decisão" sobre a concessão de assistência financeira para recapitalização da banca de Espanha, já que ambos alegaram que "desconhecem as condições" desse empréstimo.
Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar "não se preocuparam desde o primeiro momento que se aplicasse a Portugal as mesmas condições de Espanha [se essas condições fossem mais favoráveis] e continuam sem dar explicações aos portugueses, como se estivessem alheados deste processo", acusou Carlos Zorrinho.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS contrapôs que Portugal precisa de um primeiro-ministro e de um ministro das Finanças "o mais atentos possível num momento crítico para a Europa e num momento em que o PS está o mais colaborante possível para que o país possa conseguir que no próximo Conselho Europeu [de 28 e 29 deste mês] haja um avanço positivo".
"Infelizmente, sentimos uma atitude de desinteresse e de zombie por parte do Governo", insistiu o líder da bancada socialista.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu ainda que a Assembleia da República vinculou o Governo a defender um conjunto de ações que conduzam a um tratado complementar em relação ao Tratado Orçamental da União Europeia.
"É tempo de o Governo perceber que as resoluções aprovadas no Parlamento são para ser cumpridas. Até agora não vimos do Governo a convicção que deveria ter no sentido de defender algumas das alíneas que os próprios partidos que suportam o Governo viabilizaram nessa resolução", acrescentou.
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