Está em produção um documentário sobre os 20 anos do Lusitânia Expresso, da responsabilidade do realizador português Francisco Manso que conta com o apoio da RTP e tem emissão prevista para Novembro. A equipa irá estar em Timor de 8 a 15 de Setembro.
Na sequência do massacre no cemitério de Santa Cruz, ocorrido a 12 de Maio de 1991, a redacção da revista portuguesa Fórum Estudante lançou a iniciativa "Missão Paz em Timor" que levou estudantes de várias nacionalidades numa viagem de ferry-boat até ao mar de Timor. O navio chamava-se "Lusitânia Expresso" e partiu de Lisboa com o objectivo de colocar uma coroa de flores no local do massacre, um acto simbólico para sensibilizar a opinião pública internacional para a causa de Timor.
Esta missão contou com o apoio de várias figuras públicas, entre elas, o ex-Presidente da República Portuguesa, General Ramalho Eanes, e de 120 estudantes, de 23 países.
A 9 de Março de 1992, após três meses de viagem, o navio Lusitânia Expresso saiu de Darwin e foi sobrevoado por aviões militares indonésios, sendo interceptado por quatro navios de guerra indonésios , no dia 11 de Março, à entrada nas águas de Timor. Após o lançamento da coroa de flores ao mar, em memória dos que perderam a vida no massacre no cemitério de Santa Cruz, o Lusitânia Expresso foi obrigado a regressar a Portugal.
Apesar de não ter atingido o seu objectivo de chegar a Dili, a viagem do Lusitânia conseguiu mobilizar a atenção dos media internacionais, contribuindo de alguma forma para a retirada da Indonésia e para independência de Timor Leste.
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