Jornal de Notícias
O Governo
prepara-se para devolver parte dos subsídios cortados aos funcionários públicos
e pensionistas, através do alargamento do corte aos privados, em sede de IRS.
Passos Coelho interrompeu reunião com a Concertação Social e diz que "não
há qualquer proposta para alteração do IVA".
"Vamos
devolver parcialmente o subsídio de Natal e Férias", em 2013, garantiu o
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. A "devolução parcial" será
compensada com o alargamento "a todo o setor privado" dos cortes nos
subsídios de férias e de Natal, em percentagem a estudar.
Pedro Passos Coelho
admitiu que a solução que está a ser preparada pode implicar o corte parcial ou
total do subsídio de férias ou de Natal de todos os trabalhadores, através de
alterações no IRS.
O primeiro-ministro
disse que o "reescalonamento do IRS" e impostos "sobre o
património e o rendimento de capitais" fazem parte das propostas
desenhadas pelo Governo para substituir a queda da alteração da TSU,
apresentadas aos parceiros sociais, em reunião da Comissão Permanente de
Concertação Social, esta segunda-feira, em Lisboa.
"O imposto
privilegiado para compensar a queda da alteração da TSU é o IRS", disse
Pedro Passos Coelho, que interrompeu a reunião com os parceiros sociais para
anunciar estas propostas.
"Removida a
alteração à TSU", o Governo "comprometeu-se a explorar com os
parceiros sociais medidas favoráveis ao combate e ao desemprego e a
competitividade das empresas", disse Passos Coelho, antes de voltar para a
reunião.
"Não há
consenso entre os parceiros sociais sobre alternativas às mudanças na
TSU", disse o primeiro-ministro.
João Proença,
secretário-geral da UGT, confirmou que o IRS é o imposto eleito para compensar
a queda da TSU, mas alertou que "o Governo se preparar para alargamento de
mais impostos: todos".
Considerando que
orçamento de Estado para 2013 "vai ser restritivo e de grande austeridade",
João Proença disse que nada ainda está fechado.
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