sábado, 6 de outubro de 2012

Guiné-Bissau: MONSTROS DA EXCISÃO, GOLPISTAS ACUSAM PORTUGAL, RAIO MORTAL

 


Líderes islâmicos aprovam na Guiné-Bissau declaração contra excisão genital feminina
 
04 de Outubro de 2012, 19:38
 
Bissau, 04 out (Lusa) - Os lideres islâmicos da Guiné-Bissau assinaram hoje uma declaração na qual confirmam que a prática da mutilação genital feminina "não está, nem é do Islão" e esperam que a mesma "seja erradicada o mais brevemente possível".
 
"Depois de longas e profundas discussões sobre o assunto entre os participantes, finalmente e quanto aos apoiantes da prática da mutilação genital feminina, estes ficaram convencidos, através de argumentos válidos e inquestionáveis, de que não existe nenhuma alusão no Alcorão relativa ao assunto e nem nos ensinamentos do Profeta, mas sim uma tradição que existia ainda antes do aparecimento do Islão", lê-se na Declaração de Bissau.
 
A Declaração, assinada pelo Conselho Superior Islâmico da Guiné-Bissau e pela "maioria dos Sábios do Islão", foi o resultado de dois dias de uma "Conferência Islâmica para o abandono da mutilação genital feminina", que hoje terminou em Bissau.
 
O documento será lido sexta-feira numa das principais mesquitas de Bissau e os líderes religiosos apelaram à sua divulgação por todo o país.
 
Mahamadou Diallo, presidente da Associação Maliana para a Paz e Saúde, já tinha assegurado, no decorrer dos trabalhos, que "não há nenhum texto no Alcorão que fale da circuncisão de mulheres ou de homens".
 
Também o professor de estudos islâmicos Mohamed Shama, do Egito, deixou a mesma garantia, afirmando que a excisão é um costume antigo e que foi praticado por muçulmanos de uma série de países "em imitação".
 
O responsável começou por dizer que muitos nos países não islâmicos não sabem nada sobre o Islão, a não ser que o homem pode ter várias mulheres, que as bebidas alcoólicas e a carne de porco são proibidas. E pensam também que a mulher é subalternizada em relação ao homem.
 
"O Islão não faz distinção entre o homem e a mulher relativamente àquilo que obriga os pais a fazer e àquilo que recomenda que seja o seu comportamento relativamente aos filhos", disse, acrescentando que a educação e a escolha de parceiro é um direito de ambos os sexos.
 
O Islão "proíbe qualquer dano físico do homem pelo homem. A base principal na legislação islâmica é a proibição de tocar no corpo humano se isso lhe causar danos", disse o professor, concluindo que a excisão genital feminina provoca danos físicos e, por isso, "é um costume que tem de ser travado".
 
Na Guiné-Bissau, a excisão genital feminina é uma prática proibida, mas continua a fazer-se. Domingas Gomes, líder de uma organização que luta contra a circuncisão, disse que na Guiné-Bissau cerca de 50 por cento das mulheres entre os 15 e os 49 anos foram excisadas e frisou que esta prática se faz em 98 por cento das comunidades islâmicas , especialmente no leste do país.
 
"Estima-se que entre 272 mil a 500 mil mulheres e meninas estão expostas à excisão na Guiné-Bissau", praticada em crianças entre os três meses e os 14 anos, dependendo do grupo étnico. No mundo, disse, a prática atinge três milhões de mulheres em 28 países.
 
FP // ARA.
 
MNE de transição da Guiné-Bissau aponta dedo a embaixador e a Portugal pelo desaire na ONU
 
05 de Outubro de 2012, 13:48
 
Bissau, 05 out (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau responsabilizou hoje o embaixador acreditado na ONU pela situação que impediu o país de discursar na Assembleia Geral, e acusou Portugal de o apoiar.
 
Faustino Imbali deu hoje uma longa conferência de imprensa em Bissau para explicar a sua versão do que aconteceu em Nova Iorque na semana passada, quando Raimundo Pereira, Presidente interino deposto, foi acreditado para falar às Nações Unidas e que acabou por não falar. Pela primeira vez na sua história a Guiné-Bissau não se dirigiu às Nações Unidas.
 
Serifo Nhamadjo, presidente de transição, deslocou-se a Nova Iorque, mas não foi credenciado para entrar na ONU, tudo porque o embaixador do país acreditado, João Soares da Gama, preferiu credenciar Raimundo Pereira, disse o ministro.
 
Faustino Imbali entregou aos jornalistas cópias da carta de substituição de João Soares da Gama por Manuel Monteiro dos Santos (enviada à ONU a 31 de julho) e disse que, desde então, João Soares da Gama tem impedido que seja feita a substituição.
 
"João Soares disse que a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) escreveu uma carta à ONU para ele continuar", disse Faustino Imbali, acrescentando: "Há todo um lobby de Portugal para ele ficar. Portugal fez tudo por tudo para acreditar Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior" (primeiro-ministro deposto no golpe de Estado de 12 de abril).
 
O ministro entregou também aos jornalistas cópia da carta enviada por João Soares da Gama às Nações Unidas a credenciar Raimundo Pereira para falar na Assembleia Geral (enviada a 18 de setembro), e da carta que ele mesmo fez, dia 26 em Nova Iorque, a credenciar Serifo Nhamadjo, bem como de uma carta enviada pela CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) à ONU, a alertar para o perigo de instabilidade no país caso fosse Raimundo Pereira a representar a Guiné-Bissau.
 
"Se não tivesse a noção de que fizemos tudo o que deveríamos ter feito esta conferência de imprensa seria para anunciar que punha o cargo à disposição. Se há um erro que cometemos foi confiar no profissionalismo de João Soares da Gama", disse.
 
Tudo porque "cinco meses depois (do golpe de Estado) ainda há pessoas que pensam que o retorno a 11 de abril é possível. Vou dizer mais uma vez que o retorno a 11 de abril não é possível nem desejável", afirmou o ministro de transição, acrescentando que também não há um governo no exílio mas apenas uma pessoa que tem "fortes apoios".
 
Crítico em relação à CPLP e à delegação da ONU em Bissau, Faustino Imbali disse também que se há países membros da CPLP que acham que a Guiné-Bissau devia ser suspensa da organização "então que tomem a responsabilidade histórica de tomar essa decisão".
 
E sobre a ONU em Bissau disse que apenas se encontrou com o representante do secretário-geral na Guiné-Bissau no mês passado e que Joseph Mutaboba ainda não se encontrou também com o Presidente de transição.
 
"Disse-lhe que sentimos que a ONU abandonou a Guiné-Bissau", contou, acrescentando que o sentimento do governo de transição é o de que a ONU "não cumpre o papel que esperavam, que devia de ser um papel de árbitro, conciliador e de diálogo".
 
Faustino Imbali considerou de "passo decisivo" a vinda ao país de uma missão conjunta da ONU, União Africana, CEDEAO e CPLP mas acrescentou que ainda não foi fixada uma data.
 
FP // NS.
 
Raio mata cinco crianças no norte da Guiné-Bissau
 
05 de Outubro de 2012, 15:49
 
Bissau, 05 out (Lusa) - Cinco crianças morreram atingidas por um raio na região de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, informou hoje a rádio SolMansi.
 
Segundo fontes familiares citadas pela rádio, as crianças, todas do sexo masculino, tinham entre sete e 13 anos e estavam a vigiar a cultura do arroz quando o raio atingiu o local onde se encontravam.
 
A tragédia deixou a aldeia em choque, de acordo com a mesma fonte.
 
No leste do país as fortes chuvas provocaram inundações em Pitchi, região de Gabu e seis casas desabaram. Segundo a rádio, que cita o presidente do Comité de Desenvolvimento do Setor de Pitchi, 39 famílias ficaram desalojadas.
 
FP // NS.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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1 comentário:

Anónimo disse...

São precisos toda uma grande série de outros instrumentos filosóficos, ideológicos e religiosos para evitar a mutilação genital feminina, e o islam não os tem, não os permite e ainda os destrói onde existirem.

O que for bom mas não estiver no corão, não é admitido pelo islam.

De uma forma mais resumida.
o próprio maomé fez a mutilação genital feminina, a mutilação genital masculina e ainda pior ao próprio allah, que no islam, nunca mais pode ter amigos, filho, família e por fim, nem espírito.

Em verdade, só fora do islam, O Bem Pode Existir e Ser Fonte de Verdade e Vida.

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