sábado, 6 de outubro de 2012

Moçambique: PALOP NO SENEGAL, CRITICA A PASSIVOS, CAJU DÁ MILHÕES, PR NA TURQUIA

 


Associações de Moçambique, Angola e Cabo Verde vão trabalhar em parceria no fórum sobre agricultura no Senegal
 
05 de Outubro de 2012, 13:13
 
Maputo, 05 out (Lusa) - A Confederação das Associações Económicas de Moçambique, a Associação Industrial de Angola, e a Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação de Cabo Verde serão parceiros no Fórum AgriBusiness, agendando para novembro em Dakar, anunciou a associação moçambicana.
 
Segundo um comunicado da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), as três organizações empresariais vão trabalhar em conjunto na promoção do Fórum AgriBusiness 2012, uma instância de debate sobre a agricultura empresarial em África, para garantir uma participante de vulto dos seus países no evento.
 
"É desta forma que este conjunto de países representativos da comunidade lusófona do continente africano afirma a importância do AgriBusiness 2012 no desenvolvimento sustentável do sector agrícola e agroalimentar de África", refere a nota.
 
O evento, que vai decorrer de 25 a 28 de novembro, será dedicado ao tema "Impulsionar o sector agrícola em África através da promoção de Parcerias, Investimento e Tecnologia" e vai contar com a participação de mais de 400 pessoas vindas de todo o mundo, ligadas à indústria agroalimentar internacional.
 
PMA // NS.
 
Guebuza critica "atitude demasiado passiva" dos que exigem redistribuição de recursos naturais
 
05 de Outubro de 2012, 13:19
 
Maputo, 05 out (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, criticou hoje a "atitude demasiado passiva" dos que exigem a redistribuição de recursos naturais, sem trabalhar, lembrando que mesmo o processo de libertação nacional exigiu um comportamento de luta.
 
Falando hoje às confissões religiosas, na sequência da passagem do 20.º aniversário do fim do conflito armado, Armando Guebuza disse que a paz permite que se possa ir buscar a riqueza, mas assinalou que deve haver uma atitude pró-activa.
 
"Esta atitude é demasiado passiva, porque espera. Não é lutadora. É uma atitude que espera por aquilo que vai aparecer", disse Armando Guebuza, na sua primeira reação às frequentes críticas lançadas pelas confissões religiosas sobre o impacto dos megaprojetos em Moçambique.
 
Recentemente, os bispos católicos de Moçambique apelaram para uma "reflexão séria" sobre a implantação dos megaprojetos no país "para saber quem é que na verdade ganha" com estes empreendimentos cujo impacto imediato é "superficial" na vida da população moçambicana.
 
"É necessário que reflitamos seriamente para saber quem é que na verdade ganha com os megaprojetos e o que é que realmente ganha. O que ganha e quanto ganha a população. O que ganha e quanto ganha o país" e "o que ganha e quanto ganham os donos dos projetos", questionaram.
 
"Eu penso que riqueza em Moçambique sempre houve. No princípio, a riqueza estava nas mãos dos colonos. E nós dissemos: não, esta riqueza tem que vir para nós porque é nossa e não dissemos distribuam por nós. Bom, talvez tenhamos dito, mas sabemos qual era a resposta e ouvimos a resposta que ouvimos", afirmou Armando Guebuza.
 
Também o Conselho Cristão de Moçambique (CCM) considera que a implantação dos megaprojetos no país "é um assunto que precisa de ser analisado profundamente", porque, maioritariamente, o seu impacto tem sido "superficial".
 
"Depois da conquista de nossa independência enfrentamos problemas. Tivemos a guerra e dissemos: esta guerra não nos deixa fazer aquilo que nós queremos, então todos nós batalhamos para a paz, que encontrou terreno fácil entre os moçambicanos, porque todos nós queríamos a paz, talvez porque não encontrássemos condições para o fazer", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
 
Armando Guebuza sublinhou que a paz permite que se possa ir buscar as riquezas, mas "não para dizer que agora que já temos a paz alguém vai trazer a riqueza".
 
Os bispos católicos de Moçambique consideram que "seria necessário avaliar as consequências negativas de cada megaprojeto antes da sua implantação, onde quer que seja", porque "em muitos caos, as desvantagens são para as populações, enquanto que os proprietários beneficiam de lucros avultados, provenientes da expropriação das terras dos pobres".
 
Nos últimos anos, Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, tem registado a entrada de multinacionais, muitas das quais trabalham na prospeção e exploração de de hidrocarbonetos.
 
MMT // NS.
 
Exportação de castanha de caju rendeu 6 mil milhões a Moçambique no primeiro semestre
 
05 de Outubro de 2012, 16:45
 
Maputo, 05 out (Lusa) - Moçambique arrecadou, no primeiro semestre, 3,8 milhões de euros com a exportação de 5,8 mil toneladas de castanha de caju não processada, apesar da queda de 36% nos preços de exportação da campanha 2011/2012 face ao ano anterior.
 
Dados dos Ministério da Agricultura de Moçambique hoje divulgados indicam que a maior parte da castanha em bruto foi exportada para a Índia, que é, até ao momento, o maior mercado comprador.
 
Em 1999, a indústria da castanha de caju de Moçambique entrou quase em colapso, decorrente da fraca competitividade da indústria e destruição de rede de comercialização moçambicanas, segundo o governo de Maputo.
 
Mas outras correntes atribuíram a falência a uma desastrosa política definida para o setor pelo Banco Mundial, que introduziu reformas que, mais tarde, beneficiaram a Índia, simultaneamente produtora e exportadora de castanha de caju, processada ou não, e com um mercado fortemente regulado.
 
Um estudo daquela instituição financeira mundial publicado, na década de 90, dava garantias de ser vantajoso para Moçambique não investir na industrialização da castanha, pelo que sugeriu a exportação da castanha não processada.
 
Mas, volvidos oito anos (de 1991 a 1999), a taxa de exportação da castanha de caju caiu de 60 para 14 por cento, o que colocou Moçambique numa situação difícil, pois passou a contar com a Índia como maior comprador mundial de castanha bruta.
 
Agora, com a campanha de comercialização 2010/2011 praticamente terminada "os preços de exportação da campanha 2011/12 observaram um decréscimo próximo de 36 por cento em relação à campanha anterior, derivado de fatores socioeconómicos adversos", revelam dados governamentais citados hoje no jornal Notícias de Maputo.
 
De acordo com o Ministério da Agricultura (MINAG) moçambicano, no arranque da campanha, em outubro de 2011, a zona norte comercializou 64 mil toneladas de castanha.
 
"Esta foi uma das piores campanhas registadas nos últimos anos, facto que se deveu a uma combinação de vários fatores adversos, sendo de destacar os de natureza climática (temperatura, humidade, precipitação) que resultaram em ciclones, ventos fortes, granizo e excesso de chuvas", refere o MINAG.
 
A incidência de pragas e doenças de cajueiro também contribuíram para a fraca comercialização da castanha, concluem as autoridades agrícolas moçambicanas.
 
MMT // MBA
 
Presidente turco convida Guebuza a visitar Turquia em finais de 2013
 
05 de Outubro de 2012, 21:11
 
Maputo, 05 out (Lusa) - O Presidente turco, Abdullah Gül, convidou hoje o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, para uma visita oficial à Turquia em finais de 2013, com objetivo de criarem laços de cooperação nas áreas económica, da educação e saúde.
 
A informação foi avançada pelo ministro turco da Economia, Zafer Çaglayan, no final de uma audiência concedida por Armando Guebuza, a quem entregou o convite do seu homólogo da Turquia.
 
Falando aos jornalistas, o governante turco disse que o seu país "está pronto" para estabelecer um intercâmbio bilateral com Moçambique em diversas áreas.
 
"Discutimos também a possibilidade de cooperar na área da economia e comércio e já estamos prontos", assegurou Zafer Çaglayan, que chefia uma delegação de empresários turcos, que integra membros de organizações não governamentais daquele país do médio oriente.
 
O titular da pasta da Economia da Turquia afirmou que, no próximo ano, os dois Estados deverão assinar acordos específicos, que permitam o início do fluxo de investimento turco de e para Moçambique.
 
Hoje, empresários turcos e moçambicanos reuniram-se, em Maputo, no Fórum de Comércio Moçambique e Turquia, que avaliou as oportunidades de negócios e investimentos nos dois países.
 
MMT // NS.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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