Associações de
Moçambique, Angola e Cabo Verde vão trabalhar em parceria no fórum sobre
agricultura no Senegal
05 de Outubro de
2012, 13:13
Maputo, 05 out
(Lusa) - A Confederação das Associações Económicas de Moçambique, a Associação
Industrial de Angola, e a Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação
de Cabo Verde serão parceiros no Fórum AgriBusiness, agendando para novembro em
Dakar, anunciou a associação moçambicana.
Segundo um
comunicado da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), as
três organizações empresariais vão trabalhar em conjunto na promoção do Fórum
AgriBusiness 2012, uma instância de debate sobre a agricultura empresarial em
África, para garantir uma participante de vulto dos seus países no evento.
"É desta forma
que este conjunto de países representativos da comunidade lusófona do
continente africano afirma a importância do AgriBusiness 2012 no desenvolvimento
sustentável do sector agrícola e agroalimentar de África", refere a nota.
O evento, que vai
decorrer de 25 a 28 de novembro, será dedicado ao tema "Impulsionar o
sector agrícola em África através da promoção de Parcerias, Investimento e Tecnologia"
e vai contar com a participação de mais de 400 pessoas vindas de todo o mundo,
ligadas à indústria agroalimentar internacional.
PMA // NS.
Guebuza critica
"atitude demasiado passiva" dos que exigem redistribuição de recursos
naturais
05 de Outubro de
2012, 13:19
Maputo, 05 out
(Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, criticou hoje a
"atitude demasiado passiva" dos que exigem a redistribuição de
recursos naturais, sem trabalhar, lembrando que mesmo o processo de libertação
nacional exigiu um comportamento de luta.
Falando hoje às
confissões religiosas, na sequência da passagem do 20.º aniversário do fim do
conflito armado, Armando Guebuza disse que a paz permite que se possa ir buscar
a riqueza, mas assinalou que deve haver uma atitude pró-activa.
"Esta atitude
é demasiado passiva, porque espera. Não é lutadora. É uma atitude que espera
por aquilo que vai aparecer", disse Armando Guebuza, na sua primeira
reação às frequentes críticas lançadas pelas confissões religiosas sobre o
impacto dos megaprojetos em Moçambique.
Recentemente, os
bispos católicos de Moçambique apelaram para uma "reflexão séria"
sobre a implantação dos megaprojetos no país "para saber quem é que na
verdade ganha" com estes empreendimentos cujo impacto imediato é
"superficial" na vida da população moçambicana.
"É necessário
que reflitamos seriamente para saber quem é que na verdade ganha com os
megaprojetos e o que é que realmente ganha. O que ganha e quanto ganha a
população. O que ganha e quanto ganha o país" e "o que ganha e quanto
ganham os donos dos projetos", questionaram.
"Eu penso que
riqueza em Moçambique sempre houve. No princípio, a riqueza estava nas mãos dos
colonos. E nós dissemos: não, esta riqueza tem que vir para nós porque é nossa
e não dissemos distribuam por nós. Bom, talvez tenhamos dito, mas sabemos qual
era a resposta e ouvimos a resposta que ouvimos", afirmou Armando Guebuza.
Também o Conselho
Cristão de Moçambique (CCM) considera que a implantação dos megaprojetos no
país "é um assunto que precisa de ser analisado profundamente",
porque, maioritariamente, o seu impacto tem sido "superficial".
"Depois da
conquista de nossa independência enfrentamos problemas. Tivemos a guerra e
dissemos: esta guerra não nos deixa fazer aquilo que nós queremos, então todos
nós batalhamos para a paz, que encontrou terreno fácil entre os moçambicanos,
porque todos nós queríamos a paz, talvez porque não encontrássemos condições
para o fazer", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Armando Guebuza
sublinhou que a paz permite que se possa ir buscar as riquezas, mas "não
para dizer que agora que já temos a paz alguém vai trazer a riqueza".
Os bispos católicos
de Moçambique consideram que "seria necessário avaliar as consequências
negativas de cada megaprojeto antes da sua implantação, onde quer que
seja", porque "em muitos caos, as desvantagens são para as
populações, enquanto que os proprietários beneficiam de lucros avultados,
provenientes da expropriação das terras dos pobres".
Nos últimos anos,
Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, tem registado a entrada de
multinacionais, muitas das quais trabalham na prospeção e exploração de de
hidrocarbonetos.
MMT // NS.
Exportação de
castanha de caju rendeu 6 mil milhões a Moçambique no primeiro semestre
05 de Outubro de
2012, 16:45
Maputo, 05 out
(Lusa) - Moçambique arrecadou, no primeiro semestre, 3,8 milhões de euros com a
exportação de 5,8 mil toneladas de castanha de caju não processada, apesar da
queda de 36% nos preços de exportação da campanha 2011/2012 face ao ano
anterior.
Dados dos
Ministério da Agricultura de Moçambique hoje divulgados indicam que a maior
parte da castanha em bruto foi exportada para a Índia, que é, até ao momento, o
maior mercado comprador.
Em 1999, a
indústria da castanha de caju de Moçambique entrou quase em colapso, decorrente
da fraca competitividade da indústria e destruição de rede de comercialização
moçambicanas, segundo o governo de Maputo.
Mas outras
correntes atribuíram a falência a uma desastrosa política definida para o setor
pelo Banco Mundial, que introduziu reformas que, mais tarde, beneficiaram a
Índia, simultaneamente produtora e exportadora de castanha de caju, processada
ou não, e com um mercado fortemente regulado.
Um estudo daquela
instituição financeira mundial publicado, na década de 90, dava garantias de
ser vantajoso para Moçambique não investir na industrialização da castanha,
pelo que sugeriu a exportação da castanha não processada.
Mas, volvidos oito
anos (de 1991 a 1999), a taxa de exportação da castanha de caju caiu de 60 para
14 por cento, o que colocou Moçambique numa situação difícil, pois passou a
contar com a Índia como maior comprador mundial de castanha bruta.
Agora, com a
campanha de comercialização 2010/2011 praticamente terminada "os preços de
exportação da campanha 2011/12 observaram um decréscimo próximo de 36 por cento
em relação à campanha anterior, derivado de fatores socioeconómicos
adversos", revelam dados governamentais citados hoje no jornal Notícias de
Maputo.
De acordo com o
Ministério da Agricultura (MINAG) moçambicano, no arranque da campanha, em
outubro de 2011, a zona norte comercializou 64 mil toneladas de castanha.
"Esta foi uma
das piores campanhas registadas nos últimos anos, facto que se deveu a uma
combinação de vários fatores adversos, sendo de destacar os de natureza
climática (temperatura, humidade, precipitação) que resultaram em ciclones,
ventos fortes, granizo e excesso de chuvas", refere o MINAG.
A incidência de
pragas e doenças de cajueiro também contribuíram para a fraca comercialização
da castanha, concluem as autoridades agrícolas moçambicanas.
MMT // MBA
Presidente turco
convida Guebuza a visitar Turquia em finais de 2013
05 de Outubro de
2012, 21:11
Maputo, 05 out
(Lusa) - O Presidente turco, Abdullah Gül, convidou hoje o chefe de Estado
moçambicano, Armando Guebuza, para uma visita oficial à Turquia em finais de
2013, com objetivo de criarem laços de cooperação nas áreas económica, da
educação e saúde.
A informação foi
avançada pelo ministro turco da Economia, Zafer Çaglayan, no final de uma
audiência concedida por Armando Guebuza, a quem entregou o convite do seu
homólogo da Turquia.
Falando aos
jornalistas, o governante turco disse que o seu país "está pronto"
para estabelecer um intercâmbio bilateral com Moçambique em diversas áreas.
"Discutimos
também a possibilidade de cooperar na área da economia e comércio e já estamos
prontos", assegurou Zafer Çaglayan, que chefia uma delegação de
empresários turcos, que integra membros de organizações não governamentais
daquele país do médio oriente.
O titular da pasta
da Economia da Turquia afirmou que, no próximo ano, os dois Estados deverão
assinar acordos específicos, que permitam o início do fluxo de investimento
turco de e para Moçambique.
Hoje, empresários
turcos e moçambicanos reuniram-se, em Maputo, no Fórum de Comércio Moçambique e
Turquia, que avaliou as oportunidades de negócios e investimentos nos dois
países.
MMT // NS.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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