Maputo (Canalmoz) –
Já passam mais de duas semanas desde que a Assembleia Municipal de Maputo
aprovou a actualização da tarifa de transporte semi-colectivo, por voto
maioritário da bancada da Frelimo, que superou o voto contra da Renamo e
abstenção da JPC (Juntos Pela Cidade).
Apesar da
aprovação, ainda continua a vigorar a tarifa anterior. Os utentes só aceitam o
agravamento da tarefa quando as condições de transporte (encurtamento e disponibilização
de melhores viaturas) estiverem melhoradas e o município tem-se remetido ao
silêncio. Mas neste fim-de-semana, no âmbito das celebrações dos 125 anos da
cidade de Maputo, o edil da capital, David Simango, deu explicação sobre o
assunto.
Em entrevista ao
canal de televisão privada STV, David Simango disse que o município de Maputo
está à espera do seu “parceiro, Matola” para aprovar, por sua vez, a
actualização da tarifa. Disse que o município da Matola já aprovou e “está para
breve o ajuste da tarifa”.
De novo, Simango,
que falava numa grande entrevista, não especificou as datas em que tal
agravamento entrará em vigor.
A opinião pública
interpreta o ensaio titubeante da edilidade de Maputo para agravar a tarifa de
transporte, com o medo de enfrentar as manifestações populares dos maputenses
que não estão satisfeitos com as condições em que o transporte público é efectuado,
não aceitando, por isso, pagar mais por um serviço péssimo.
O agravamento
aprovado pela Assembleia Municipal é de passar a actual tarifa de 5 meticais
para 7 meticais e a tarifa de 7.5 meticais para 9 meticais. A tarifa da Empresa
Municipal de Transportes Públicos de Maputo (ex-TPM) deve passar de 5 para 7
meticais.
No passado dia 01
de Novembro, data em que grande parte da população esperava que fosse da
efectivação do agravamento da tarifa de transporte semi-colectivo, o Governo
mandou forças policiais vigiarem a cidade de Maputo para repelir qualquer
tentativa de manifestação que vinha já sendo convocada através do Facebook e
SMS.
Nas convocatórias
para as manifestações, os cidadãos diziam que só aceitam o agravamento da
tarifa de transporte semi-colectivo em troca da melhoria das condições em que
as pessoas são transportadas.
Actualmente, para
além dos encurtamentos de rotas e longas filas de espera, as pessoas são
transportadas em camiões, em condições piores do que de gado. (Redacção)
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