LYR – VM - Lusa
Nampula,
Moçambique, 05 nov (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição
moçambicana, acusou hoje a Frelimo, partido no poder, de estar a realizar um
"censo clandestino" dos seus antigos guerrilheiros na província de
Nampula, norte do país.
Em conferência de
imprensa, o chefe dos Desmobilizados da Renamo (Resistência Nacional
Moçambicana), Filipe Ginava, disse que a Frelimo (Frente de Libertação de
Moçambique) instruiu os secretários dos bairros e dos quarteirões da província
de Nampula para registarem os seus antigos guerrilheiros.
"A Renamo não
sabe o que poderá estar por detrás deste registo clandestino dos nossos
quadros. Se um desmobilizado da Renamo perde a vida em circunstâncias estranhas
poderemos atribuir as culpas ao Partido Frelimo", referiu.
Segundo Filipe
Ginava, o alegado "censo clandestino" iniciou-se poucos dias depois
de o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se ter instalado na Serra da
Gorongosa, no cento do país, onde funcionou uma das principais bases militares
do movimento, durante os 16 de guerra civil em que combateu o Governo da
Frelimo.
Na manhã de hoje,
antigos guerrilheiros da Renamo reuniram-se na sede do partido em Nampula, para
exigir que "a Frelimo pare sem tréguas com o censo clandestino",
acrescentou o chefe dos Desmobilizados da Renamo.
Afonso Dhlakama
voltou à Serra da Gorongosa, como forma de pressionar a Frelimo a aceitar as
suas exigências de uma lei eleitoral transparente, despartidarização do Estado
e reintegração dos seus antigos guerrilheiros no exército e na polícia.
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