Redação PG, com TSF
As chefias
militares condenaram as atitudes públicas dos militares que têm contestado as
políticas do (des)governo de Passos Coelho relativas aos diversos ramos das
Forças Armadas. Uma condenação inusitada e servil perante os atuais poderes que
pode muito bem ser considerada ter origem numa Brigada de Lambe Botas.
Antes de 25 de
Abril de 1974 era sabido que para além das chefias serem compostas por uma
brigada similar aqueles também eram denominados Brigada do Reumático em
consideração às suas idades, mentalidades compostas por um conservadorismo
fascizante. Ocorre porém que as atuais chefias são mais jovens e, que se saiba,
não são oriundas das parasitantes juventudes partidárias como muitos dos atuais
(des)governantes, o que leva a supor aos cidadãos comuns que só podem ser
constituidas por lambe-botas ou lambe-ministros, independentemente da
desconsideração que eles infligem à instituição militar e à soberania da Pátria
que os militares juraram defender com a sua própria vida. E a soberania da
Pátria inclui os direitos constitucionais e a democracia. Que se saiba os
militares contestários e patrióticos não têm violado estes direitos.
As presentes
chefias militares deviam estar recordadas de que uma vasta maioria de
portugueses foram militares por fruto (salazarento) da demorada guerra
colonial. É assim que mesmo depois de um ex-combatente ou, simplesmente, um
ex-militar regressar à vida cívil dificilmente perde as suas caracteristicas de
camaradagem e patrioticas com os que - mesmo passado muitos anos - constituem e são o efetivo corpo daquela instituição. Sendo por isso sensiveis e atentos a
quase tudo que diga respeito à família militar. Ora, atentamente, cidadão algum
se apercebeu de irregularidades e comportamentos condenáveis por parte dos
militares contestarios, o que poderá levar-nos com eventual legitimidade a admitir
a possibilidade de estarmos perante uma Brigada de Lambe-Botas nas chefias
militares. Era o que faltava neste Portugal tão deslavado de valores. Se assim
não é o melhor será explicarem-se convenientemente e sem sofismas porque tal
atitude é muito preocupante.
Segue a notícia,
para que melhor se entenda.
Associações
desagradadas com condenação de chefias militares
TSF
A Associação
Nacional de Sargentos diz que esta condenação pode ter tido dedo político, ao
passo que os oficiais das Forças Armadas acusam as chefias de ter «posturas
descabidas».
As associações
militares dizem estar surpreendidas e desagradas com a condenação das suas
chefias, que criticaram as atitudes públicas destas associações, num comunicado
publicado na página da Internet do Exército.
Para o presidente
da Associação Nacional de Sargentos, o comunicado do Conselho de Chefes do
Estado Maior «possa ter sido movido ou acionado pelo poder político no sentido
de criar clivagens e divisões entre os militares».
Lima Coelho lembrou
que «não seria a primeira vez que tal aconteceria» e disse ter ficado
preocupado com o facto de o secretário de Estado ter indicado que estava a
preparar todas as medidas relativas ao Orçamento com as chefias militares.
Segundo esta
associação, todas as manifestações e processos em que têm participado estão
consagrados na lei e não envergonham as forças militares, ao contrário do que
os chefes militares disseram em comunicado.
O presidente da
Associação dos Oficiais das Forças Armadas entende que todos os militares,
sejam chefes ou não, deveriam rumar no mesmo sentido e que se alguém está a
«manchar a postura institucional das Forças Armadas são posturas descabidas»
como as tomadas pelas chefias militares.
«Não faz sentido
que duas instituições, as chefias e associações profissionais, que concorrem,
embora de maneira diferente, para atingir determinados objetivos e depois se
venha dizer que uma parte está a agir em desconformidade com algo cuja
referência desconheço», adiantou Manuel Cracel.
Esta associação diz
mesmo desconhecer aquilo que foi feito pelas chefias militares para
salvaguardar as condições dos militares no Orçamento de Estado para 2013.
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