PS acusa Angela
Merkel de estar "completamente" apaixonada por austeridade
Lisboa, 03 nov
(Lusa) – O PS acusou hoje Angela Merkel de estar “completamente” apaixonada por
austeridade, considerando que está "em sintonia" com o
primeiro-ministro português, reagindo ao apelo da chanceler alemã aos parceiros
europeus para um esforço grande nos próximos cinco anos.
“O que vemos é uma
enorme sintonia entre a senhora Merkel e o primeiro-ministro português, Passos
Coelho. É um verdadeiro romance de austeridade. Estão completamente apaixonados
pela austeridade, custe o que custar”, disse à Lusa o secretário nacional do
PS, João Ribeiro.
No dia em que a
chanceler alemã defendeu a austeridade e pediu mais esforço aos parceiros
europeus durante os próximos cinco anos para ultrapassar a crise, o PS
considerou que “a austeridade é o problema”.
“Aquilo que para a
senhora Merkel e para o nosso primeiro-ministro é a solução, para o PS é o
problema. Não é a solução e não pode ser apresentada como solução”, declarou o
porta-voz socialista.
Em declarações à
Lusa, João Ribeiro defendeu que "é muito fácil defender a austeridade nos
países dos outros", adiantando que gostaria de ver "a bravura da
senhora Merkel" a propor aos alemães o equivalente ao que está a ser
pedido aos portugueses.
O secretário-geral
do PS sublinhou que o que "une Passos Coelho e Merkel é a política de mais
tempo e de mais sacrifícios", enquanto "o PS há mais de um ano que
diz que quer mais tempo para consolidar as contas públicas, mas para aliviar os
sacrifícios dos portugueses".
Durante o congresso
regional da CDU em Sternberg, no norte da Alemanha, Angela Merkel defendeu a
necessidade de "um grande esforço, de mais cinco anos".
"Precisamos de
austeridade para convencer o mundo de que vale a pena investir na Europa",
disse a líder democrata-cristã.
JNM(PSP) // MBA
“Parte
significativa” dos países da zona euro “não sobreviverá” a mais 5 anos de
austeridade – Carlos Zorrinho
Sines, 03 nov
(Lusa) – O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou hoje que uma
“parte significativa” dos países da zona euro “não sobreviverá” a mais cinco
anos de austeridade.
O socialista, que
reagia ao apelo feito pela chanceler alemã, Angela Merkel, aos parceiros
europeus para um “grande esforço” nos próximos cinco anos, acredita que mais
austeridade terá um efeito de “seleção natural”.
“Alguns países
poderão emergir dessa derrocada até mais fortes, mas outros países não estão preparados
para aguentar mais cinco anos sem perspetiva de crescimento”, defendeu.
“Os países não
morrem, mas os modelos, os projetos, os sonhos morrem”, acrescentou Carlos
Zorrinho, que falava num encontro com militantes socialistas em Sines.
Em declarações aos
jornalistas no final do evento, o líder parlamentar do PS afirmou que Portugal,
Espanha, Itália, Irlanda e Grécia são os países “que mais têm a perder” com uma
política de austeridade.
“O que é, de facto,
chocante é que o nosso primeiro-ministro não considere isso importante, chegue
aos conselhos europeus e diga que Portugal não esteve em cima da mesa”,
criticou o socialista.
No congresso
regional da CDU que decorreu hoje em Sternberg, no norte da Alemanha, Angela
Merkel defendeu a necessidade de fazer um “grande esforço” durante os próximos
cinco anos para que a crise económica e monetária seja ultrapassada.
"Precisamos de
austeridade para convencer o mundo de que vale a pena investir na Europa",
disse a líder democrata-cristã, que se mostrou convencida de que a zona euro
ainda está longe de superar a crise.
Angela Merkel
sublinhou ainda a necessidade de “grandes reformas estruturais”, que devem
“conseguir resultados para recuperar a confiança dos investidores e impulsionar
outra vez a economia europeia”.
PYS (PSP) // PGF.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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