PS exigirá eleições
se concluir que o atual Governo fica sem condições políticas - Seguro
O secretário-geral
do PS afirmou hoje que apresentará uma moção de censura e exigirá a realização
de eleições antecipadas quando entender que o atual Governo não reúne condições
políticas para continuar em funções.
António José Seguro
assumiu esta posição em entrevista à TVI, depois de confrontado com o teor de
uma carta aberta subscrita em primeiro lugar pelo ex-Presidente da República
Mário Soares, na qual se defendia a demissão do primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, caso o atual Governo não mude de políticas.
"Quando o PS
entender que este Governo não tem condições para continuar, eu não subscrevo
uma carta, apresento uma moção de censura e exijo eleições antecipadas",
respondeu António José Seguro.
Questionado sobre o
motivo por que o PS ainda não pediu a demissão do Governo, Seguro referiu que
Portugal se encontra sob assistência financeira externa, mas deixou uma
advertência: "Quando, na minha avaliação e no meu critério, considerar que
é benéfico para o país a realização de eleições para que os portugueses se
pronunciem sobre a escolha de outro Governo, não hesitarei em fazê-lo".
Seguro lembrou
então que o PS já admitiu apresentar uma moção de censura caso o Governo
insistisse em promover alterações à Taxa Social única (TSU).
"Há linhas
vermelhas que não aceito que sejam ultrapassadas. Quando fizer essa avaliação e
quando considerar que não há condições para que o Governo continue, não
hesitarei. Mas não faço especulações, porque tenho uma responsabilidade muito
grande", disse.
Neste contexto,
António José Seguro acrescentou que o PS "não é o Bloco de Esquerda nem o
PCP".
"Tenho uma
responsabilidade diferente. Considero que uma crise política é negativa para o
país. Devem ser dadas a todos os governos todas as condições e todas as
oportunidades para governar, mas este Governo tem vindo a delapidar o consenso
político e o consenso social, dando cabo de tudo isso", referiu.
Enquanto líder do
PS, Seguro disse estar disponível para "esgotar todas as oportunidades que
um Governo dispõe para esse efeito".
"Mas, se
verificar que a continuidade do Governo é mais prejudicial ao país do que a
realização de eleições, não hesitarei um segundo: Apresentarei uma moção de
censura e exigirei que os portugueses tenham a oportunidade de decidir através
do voto uma nova política e um novo Governo", insistiu.
A seguir, Seguro
ressalvou que não anda à procura de "nenhum pretexto", nem tem
"pressa" em relação a uma mudança de Governo.
"Quando for
primeiro-ministro escolherei o caminho que tenho vindo a defender junto dos
portugueses, isto é, rigor e disciplina orçamental com crescimento
económico", respondeu.
Interrogado se
acredita que será primeiro-ministro, o secretário-geral do PS deu a seguinte
resposta: "Claro que acredito, caso contrário não estava aqui".
Depois, questionado
se admite chegar à liderança de um Governo antes de 2015, o secretário-geral do
PS respondeu com um "não sei", adiantando ser sua convicção que o PS
"está preparado" para assumir responsabilidades governativas.
PMF // PGF
Seguro diz que este
é o tempo do Presidente para aferir constitucionalidade do OE2013
O secretário-geral
do PS afirmou hoje que "este é o tempo do Presidente da República"
para decidir se envia o Orçamento para o Tribunal Constitucional, mas
acrescentou que "a seguir virá o tempo dos deputados".
Esta posição foi
assumida por António José Seguro em entrevista à TVI, hoje à noite, depois de
interrogado sobre a posição do PS quanto a um eventual envio do Orçamento do
Estado para 2013 para o Tribunal Constitucional.
"Eu não vou
pressionar o senhor Presidente da República. Este é o tempo do senhor
Presidente da República e não vou trocar os tempos. No seu alto critério [o
chefe de Estado] decidirá se envia ou não o Orçamento para o Tribunal
Constitucional", disse.
No entanto, António
José Seguro deixou uma advertência sobre o que se poderá passar caso não seja
requerida a fiscalização preventiva da constitucionalidade do Orçamento:"A
seguir virá o tempo dos deputados".
PMF // ARA.
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