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O Conselho Técnico
de Gestão de Calamidades (CTGC) activou ontem o Alerta Laranja Institucional
válido para todo o território nacional tendo em conta que o país está a entrar
para a fase de pico da época chuvosa e ciclónica.
O alerta visa o
incremento e maior operacionalização das acções do Plano de Contingência,
evitar perdas de vidas humanas e destruição de infra-estruturas sociais e
económicas, bem como prestar maior atenção aos grupos mais vulneráveis
(crianças, mulheres grávidas, idosos e doentes).
Neste sentido, o
CTGC recomenda a activação de todos Comités Locais de Gestão do Risco de
Calamidades (CLGRC) para uma maior prontidão e observância de todas as medidas
previstas em caso de desastres.
Da avaliação feita
na sessão de ontem daquele órgão constatou-se que as principais bacias da
região sul do país apresentam escoamentos baixos. No entanto, no centro do
registam-se incrementos assinaláveis, tendo o rio Revubué, um dos principais
afluentes do Zambeze, atingido o nível de alerta no dia 10 de Janeiro.
De igual modo, os
níveis de água nas estações localizadas no baixo Zambeze, nomeadamente, Caia e
Marromeu tendem a subir, e ontem rondavam a 25 centímetros, 0,6 do nível de
alerta, respectivamente, em consequência das chuvas dos últimos dias.
O mesmo cenário de
subida de níveis está a registar-se nos rios Licungo e Púnguè nas estações de
Mocuba e Mafambisse, respectivamente.
Durante a análise
da situação meteorológica, o CTGC apurou que o inicio da presente época chuvosa
e ciclónica (os meses de Outubro, Novembro e Dezembro) foi marcado por chuvas
acima do normal com tendência para normal em algumas zonas do sul e centro do
país, com destaque para as províncias de Maputo e extremo norte de Sofala.
Ainda no mesmo
período, grande parte da zona norte, assim como as províncias de Manica, Tete,
Gaza e Inhambane, houve precipitação abaixo do normal.
O CTGC verificou
ainda que a presente época chuvosa e ciclónica tem sido caracterizada pela
ocorrência de vagas de calor, com maior incidência nas zonas centro e sul,
situação que resulta na ocorrência de descargas atmosféricas e ventos fortes
(vendavais), causando perdas de vidas humanas e destruição de infra-estruturas
sociais.
Entretanto, para os
primeiros dez dias de Janeiro, o CTGC constatou a ocorrência de precipitação
acumulada situada entre 100 a 500 milímetros no baixo Zambeze, sendo com maior
destaque as províncias de Zambézia, Tete, Sofala, Manica e algumas regiões das
províncias de Niassa, Nampula e Cabo Delgado.
Para as próximas 48
horas (Sábado e Domingo), o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) espera a
ocorrência de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 milímetros em 24 horas)
acompanhas de trovoadas na zona sul e nas províncias de Manica, Sofala e Tete.
O Director-Geral da
Administração Regional das Águas do Zambeze (ARA-Zambeze), Custódio Vicente,
disse que se registam elevados escoamentos nos principais rios afluentes do
Zambeze como o Luia, Révubuè, Luenha e Chire em razão das chuvas que tem vindo
a cair em território nacional e nos países vizinhos.
Perante este
cenário a Administração Regional de Águas do Zambeze está a desencadear um
intenso trabalho de monitoria da evolução hidrológica, tendo apelado a todas
instituições públicas e privadas, as autoridades locais, aos agentes económicos
e a população para se manterem em alerta, devendo a todo o custo retirar-se das
zonas de risco e propensos às cheias.
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