PMA – MLL - Lusa
Maputo, 29 abr
(Lusa) - Jornalistas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
defenderam, no fim de semana, em Maputo, a criação de observatórios da
liberdade de imprensa em cada um dos países, para a denúncia dos atropelos à
liberdade de imprensa.
A necessidade de
observatórios da liberdade de imprensa foi enfatizada na declaração final do
Congresso Internacional dos Jornalistas de Língua Portuguesa, realizado na
semana passada em Maputo.
No documento, os
jornalistas da CPLP exigem que os poderes políticos e económicos dos estados
membros da organização se abstenham de interferir no exercício da profissão.
"Os
participantes ao congresso manifestam preocupação pela excessiva concentração
de órgãos de comunicação social no mesmo grupo ou grupos económico-financeiros,
alinhados com o poder estabelecido, impedindo dessa forma a existência do
pluralismo informativo, da diversidade de meios e do são exercício do
contraditório", dizem os profissionais da comunicação social da CPLP.
Na declaração, os
jornalistas repudiam a alegada violação dos direitos dos jornalistas na
Guiné-Bissau, em Angola e em Moçambique, exortando os poderes destes países
para garantirem o respeito da liberdade de imprensa.
"Os
jornalistas manifestam também a sua preocupação com a onda de despedimentos que
tem afetado muitos profissionais em Portugal e no Brasil", lê-se no
documento.
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