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Bissau, 27 mai
(Lusa) - Quatro chefes das Forças Armadas de países africanos chegaram hoje à
Bissau para uma cimeira com o seu homólogo guineense, António Indjai, na
terça-feira.
O programa oficial
da cimeira prevê a análise do processo de transição na Guiné-Bissau, a reforma
do setor de defesa e segurança e os desafios para o futuro do conselho de
chefes de Estados-Maiores Generais da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados
da África Ocidental).
Fontes militares
admitiram à agência Lusa, no entanto, que "outros temas poderão ser
discutidos na cimeira", sem adiantarem pormenores.
Chegaram à Bissau
no mesmo voo os chefes das Forças Armadas do Togo, Burkina-Faso e da Nigéria. O
responsável militar da Costa do Marfim, Soumayla Bakayoko já encontrava em
Bissau desde domingo.
Numa cerimónia na
zona militar do aeroporto internacional de Bissau e na presença do corpo
diplomático e membros do Governo guineense, o chefe das Forças Armadas da Costa
do Marfim afirmou que a sua presença em Bissau também servirá para "instalar
de forma oficial" o contingente da Ecomib (força de alerta da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental) na Guiné-Bissau.
"A força foi
enviada para a Guiné-Bissau com a missão de assegurar as instituições no âmbito
da transição que era para durar apenas um ano, mas razões que fogem à nossa
vontade fazem com que essa transição seja estendida para além da data prevista,
isto é, até dezembro deste ano para o regresso da ordem constitucional
rapidamente na Guiné-Bissau", observou o general Bakayoko.
A CEDEAO tem
instalado em Bissau desde o golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012 um
contingente, a Ecomib, composto por cerca de 700 militares e policias,
provenientes do Burkina-Faso, da Nigéria, do Senegal e do Togo.
Dirigindo-se ao
chefe do contingente, o coronel Bnibanga Barro, do Togo, o general Bakayoko
assinalou que o compromisso das chefias militares da CEDEAO, quando decidiram
enviar o Ecomib para Guiné-Bissau que é restaurar a paz "se mantêm
firme".
O responsável
militar diz que o comité de chefes das Forças Armadas da organização está
satisfeito com o trabalho que a Ecomib tem desenvolvido na Guiné-Bissau.
O chefe das Forças
Armadas da Costa do Marfim, o único a falar na cerimonia do hastear da bandeira
e da revista dos soldados da Ecomib, apelou aos guineenses a se unirem para
devolver à paz ao país.
"Gostaria de
aproveitar esta ocasião para convidar as autoridades, os militares e a
sociedade civil da Guiné-Bissau a uma junção de esforços face ao desafio maior
deste país que são as eleições gerais, a reforma do setor de defesa e
segurança, para uma estabilidade definitiva", notou o general Bakayoko.
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