quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mota Engil, Tecnovia e Luís Frazão avançam com barragens em Cabo Verde




JSD - APN - Lusa

Cidade da Praia, 02 mai (Lusa) - As empresas portuguesas Mota Engil, Tecnovia e Luís Frazão viram oficializadas pelo Governo cabo-verdiano as obras dos projetos de ordenamento das bacias hidrográficas de Ribeira da Torre e Alto Mira (Santo Antão) e Ribeira Prata (São Nicolau).

As três obras estão orçadas em 874 mil contos (7,92 milhões de euros) e são financiadas pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), tendo 15 meses como prazo de conclusão.

As três empresas portuguesas, em parceria com a cabo-verdiana CVC, venceram o concurso internacional e começaram, a montar os respetivos estaleiros em janeiro, aguardando pela formalização dos contratos, que foram publicadas terça-feira no Boletim Oficial.

Em São Nicolau, a Mota Engil vai executar o ordenamento da Bacia Hidrográfica da Ribeira Prata, que prevê a construção de 20 reservatórios (entre 50 e 500 m3), 30 diques de correção torrencial e 10 de captação, bem como 11 quilómetros de adução de água e um espelho de captação/barragem subterrânea.

Todas estas intervenções estão avaliadas em cerca de 181 mil contos (1,64 milhões de euros).

Na Ribeira da Torre, em Santo Antão, o consórcio Mota Engil/Luís Frazão vão construir 30 diques de correção torrencial, 11 de captação e muros de proteção, bem como nove reservatórios para armazenar água e oito quilómetros de rede de irrigação, obras orçadas em 243 mil contos 2,2 milhões de euros).

Em Alto Mira, também em Santo Antão, o consórcio CVC/Tecnovia terá de construir 30 diques de correção torrencial, 14 de captação, uma barragem subterrânea, um muro de proteção, 36 reservatórios e 13 quilómetros de redes de irrigação, intervenções no montante de 250 mil contos (2,26 milhões de euros).

Além do financiamento do BADEA, Portugal disponibilizou também uma linha de crédito de 100 milhões de euros para a construção de mais 15 barragens em todo o arquipélago, obras que, depois de concluídas, permitirão evitar a perda anual de mais de 800 milhões de metros cúbicos da água das chuvas.

A captação de água permitirá aumentar a superfície irrigada de um arquipélago onde só chove entre julho e setembro, permitindo o desenvolvimento de setores como a agricultura e pecuária, entre outros.

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