sábado, 25 de maio de 2013

União Europeia com novos projetos de apoio à Guiné-Bissau no valor de 30 ME



FP - MSF - Lusa

Bissau, 25 mai (Lusa) - A União Europeia tem prontos para execução ou em fase preparatória avançada programas de apoio à população na Guiné-Bissau no valor de 20 mil milhões de francos CFA (cerca de 30 milhões de euros).

Esses apoios, segundo um comunicado hoje divulgado em Bissau pela delegação da União Europeia, incidem essencialmente nas áreas da Saúde, Educação, Água e Energia Elétrica e Alimentação.

"Além das atividades dos nossos Estados-membros, a União Europeia já tem em curso mais de 30 programas de cooperação em benefício direto da população, cuja execução é confiada aos nossos parceiros, incluindo organizações da sociedade civil guineense, organizações não-governamentais internacionais e Agências especializadas das Nações Unidas tais como a PAM, UNICEF e OMS", disse o embaixador Joaquín González-Ducay, chefe da delegação da União Europeia em Bissau, citado no comunicado.

Esses programas em curso incidem nas mesmas áreas e estão orçados em 33 mil milhões de francos CFA (mais de 50 milhões de euros), diz o documento.

O comunicado lembra ainda palavras de González-Ducay, que no passado dia 09, Dia da Europa, disse que "a União Europeia continuará a desenvolver ações de cooperação em benefício direto da população da Guiné-Bissau, que nunca foram interrompidas e nunca serão interrompidas".

Esta semana, o representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, pediu à União Europeia para que retome os apoios ao país através, por exemplo, da UNICEF, acrescentando que sanções afetam milhares de crianças.

"Que encontrem mecanismos de apoio à Guiné-Bissau que não afetem os princípios que defendem, que é de zero tolerância em relação a golpes de Estado", disse Ramos-Horta após uma audiência com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, quando pediu à União Europeia para que repense as suas políticas em relação à Guiné-Bissau e elogiou a "generosidade" dos países vizinhos da antiga colónia portuguesa.

"Encontrem outros mecanismos de apoio, agora sancionar, retirar todo o apoio, que afeta diretamente milhares e milhares de crianças? não sei como é que isso pode fazer valer os princípios que a União Europeia e outros defendem", disse Ramos-Horta.

Na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado, a maior parte da comunidade internacional, União Europeia incluída, cortou os apoios ao Governo da Guiné-Bissau. A União Europeia, que manteve a ajuda humanitária e os projetos que tinha de ajuda direta às populações, não reconhece nem apoia o atual Governo de transição.

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