Palavras de Medina
Carreira, antigo ministro das Finanças, durante uma tertúlia na Figueira da Foz.
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Expresso - Lusa
O antigo ministro das Finanças Medina Carreira defendeu terça-feira que os governantes dos últimos 10 anos deviam ser julgados pelo estado em que deixaram o País, relativizando o caso da dívida escondida da Madeira.
O antigo ministro das Finanças Medina Carreira defendeu terça-feira que os governantes dos últimos 10 anos deviam ser julgados pelo estado em que deixaram o País, relativizando o caso da dívida escondida da Madeira.
"Estamos com
as baterias contra o dr. João Jardim (...), mas temos muita gente que à frente
dele devia sentar-se no banco dos réus. As pessoas que puseram este País no estado
em que está deveriam ser julgadas", disse Medina Carreira, durante uma
tertúlia na Figueira da Foz.
Questionado por
Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia "Conversas do Casino",
sobre se o caso madeirense devia ser do foro penal, Medina Carreira respondeu:
"Não só a Madeira. Quem pôs o País de pantanas como está, se houvesse lei
aplicável, também devia ir aos tribunais".
"Mentirosos a
governar"
Defendeu ainda que
uma eventual ação judicial deveria incidir sobre os governantes dos últimos 10
anos.
"Era
seleccioná-los, porque houve uma data de mentirosos a governar",
argumentou.
Medina Carreira
alegou que o caso da Madeira "só existe" porque Portugal "chegou
ao estado de abandalhamento completo" e que a questão só foi tornada
pública dado o período eleitoral na região autónoma.
"É fruto muito
de haver eleições agora. Se não houvesse isto passava relativamente bem",
afirmou.
"Rouba-se
aqui. Rouba-se acolá"
Segundo Medina
Carreira "antes da Madeira, houve várias Madeiras" em Portugal.
"Por toda a
parte se nota que falta dinheiro aqui e ali. Rouba-se aqui. Rouba-se acolá.
Nunca ninguém é julgado. Nunca ninguém presta contas. Eu atribuo uma
importância relativa à Madeira", sustentou.
Sobre eventuais
novas "surpresas" em termos de dívida escondida, Medina Carreira
disse que em Portugal "tudo é possível em matéria de dinheiro" num
Estado "onde realmente não há rigor, não há seriedade, não há
verdade", sublinhou.
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