sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Portugal: Históricos do PSD e do CDS juntos com Soares na defesa da Constituição

 

Ana Sá Lopes – jornal i
 
Freitas do Amaral, Pacheco Pereira e António Capucho participam na sessão da Aula Magna em defesa da Constituição e do Estado Social
 
Não vão ser apenas personalidades de esquerda que no dia 21 de Novembro vão estar na Aula Magna "em defesa da Constituição e do Estado Social". Ao lado de Mário Soares, Manuel Alegre e restantes promotores, vão estar personalidades como Freitas do Amaral, fundador e primeiro líder do CDS, e os sociais-democratas Pacheco Pereira (alto dirigente no tempo em que o partido era liderado por Cavaco Silva) e António Capucho, ex-ministro, ex-conselheiro de Estado e ex-presidente da Câmara de Cascais.
 
"A sessão está aberta a toda a gente, seja de direita, seja de esquerda, que queira defender a Constituição e o Estado Social que o governo está a destruir, do ensino à saúde e à segurança social", disse o ex-presidente da República ao i.
 
Mas a Aula Magna vai contar também com a presença do general Pinto Ramalho, antigo chefe do Estado-Maior do Exército, bem como do bispo D. Januário Torgal Ferreira, de Frei Bento Domingues, de Alfredo Bruto da Costa, do reitor da Universidade de Coimbra João Gabriel da Silva, de Carlos do Carmo, do comunista Ruben de Carvalho, e de Maria do Rosário Gama - fundadora da APRE, Associação de Pensionistas e Reformados. Na iniciativa do próximo dia 21 estará também a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta.
 
Desta vez, ao contrário do que aconteceu no primeiro encontro promovido por Soares, o PS vai fazer-se representar ao mais alto nível - se a presença do secretário-geral António José Seguro não é certa, está confirmada a participação de Alberto Martins, líder parlamentar do PS e membro do secretariado nacional do partido.
 
O líder da UGT, Carlos Silva, vai também marcar presença na Aula Magna e a CGTP também se fará representar por um membro da direcção. Alberto Costa será outros dos socialistas presentes, assim como a eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias.
 
"Revolta"
 
Mário Soares voltou ontem a traçar um quadro negro da actual situação política e social, sublinhando que o descontentamento pode conduzir a uma situação de revolta. "O povo está desesperado", afirmou o antigo presidente da República, que falava à margem de uma homenagem a Manuel Tito de Morais, membro fundador do PS, que ontem decorreu na Fundação Mário Soares.
 
O histórico socialista reiterou que o governo liderado por Pedro Passos Coelho deve perceber que "se isto não vai a bem, vai a mal", temendo que seja inclusive com violência. "Toda a gente está revoltada", advertiu Soares.
 

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