Os partidos
políticos da Guiné-Bissau e o presidente guineense de transição, Serifo
Nhamadjo, aprovarem hoje no parlamento uma proposta de prorrogação do período
de transição até à posse de novos órgãos eleitos.
Depois do golpe de
estado de abril de 2012, foi definido um período de transição com a Comunidade
Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que devia terminar a 31 de
dezembro com a realização de eleições gerais.
No entanto, o
escrutínio que estava marcado para 24 de novembro foi adiado, fazendo com que a
transição seja prolongada.
O país vai ter
eleições gerais (presidenciais e legislativas) a 16 de março e só com a tomada
de posse de um parlamento, presidente e governo eleitos é que deverá terminar
oficialmente o período de transição, segundo ficou hoje acordado.
Após a reunião com
os partidos, na presença de chefes militares e líderes de organizações da
sociedade civil, o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, disse à agência
Lusa que as partes concordaram em não fixar uma data exata para o fim da
transição.
"A esmagadora
maioria considera que se deve limitar o enquadramento legal (do fim do período
de transição) até à tomada dos órgãos eleitos, isto é, não fixar uma
data", observou Nhamadjo.
O presidente
guineense entende que fixar uma nova data com precisão "poderia
complicar" o andamento do processo rumo ao retorno constitucional.
Serifo Nhamadjo
disse ter ficado satisfeito pela "colaboração e compreensão" dos
partidos, restando agora produzir um documento que terá de ser aprovado pelos
deputados para depois ser depositado no Supremo Tribunal de Justiça.
De seguida, o
documento deverá ser apresentado à CEDEAO e demais parceiros internacionais do
país, como resultado do novo consenso nacional sobre o período de transição
MB // CC - Lusa
2 comentários:
ENTREGUEM O PODER O OUTRO GOLPISTA KUMBA YALA
o prolongamento do periodo de transiçao deve continuar porque nao queremos estas eleiçoes porque ja conhecemos o vencedor e o golpe de 12/04/2012 é legalizado definitivamente.No recensiamento somente se recenseeiam os votantes do PRS.Estas eleiçoes para mim nao sao eleiçoes presidenciais mas sim eleiçao etnica. Epero que o Dr. Ramos Horta compreende bem a estratezia do KUMBA YALA afastando os outros candidatos que poderiam ganhar estas eleiçoes,nem com esse afastamento pergunto: sera realizada essas eleiçoes? mas para qué?
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