Os países vizinhos
da Guiné-Bissau lançaram no sábado em Yamoussoukro, Costa do Marfim, um aviso
para que os militares, forças de segurança e políticos guineenses não
interfiram com as eleições gerais marcadas para 13 de abril.
Na 44.ª cimeira da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), presidentes e
governantes "alertaram os membros das forças de defesa e segurança, assim
como a classe política na Guiné-Bissau contra quaisquer atos que possam interferir
na serenidade do processo eleitoral", refere o comunicado final do
encontro.
"Os autores de
tais atos teriam que enfrentar duras consequências", acrescenta.
A situação na
Guiné-Bissau foi um dos temas na agenda da cimeira.
O país lusófono
está prestes a realizar as primeiras eleições depois do golpe de Estado militar
de abril de 2012, pondo fim a um período de transição suportado pela CEDEAO.
Foi ainda feito um
apelo para que todos os candidatos, partidos políticos e apoiantes se afastem
de "atos de provocação" e resolvam quaisquer disputas recorrendo a
meios legais.
Durante a cimeira,
os chefes de Estado e de Governo pediram ainda à União Africana e restante
comunidade internacional para "acelerarem o levantamento de sanções à
Guiné-Bissau" e trabalharem com a CEDEAO num programa pós-eleitoral
"consensual" virado para as reformas estruturais do país.
A CEDEAO representa
15 Estados com uma população total de cerca de 300 milhões de habitantes
anglófonos, francófonos e lusófonos (Guiné-Bissau e Cabo Verde).
Lusa, em RTP
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