“CPLP deve evitar
visão estática sobre países–membros”. “Ela (CPLP) não pode ser uma comunidade
voltada para o passado, tem de estar voltada para o futuro e não pode,
portanto, ficar centrada naqueles que a fundaram e constituíram”.
Escolho estas duas frases do discurso de PPC no Maputo. São suficientes para
inferir que PPC apoia a entrada da Guiné Equatorial na CPLP.
Eu pensava que era a língua o elo aglutinador da CPLP mas, pelos vistos
enganei-me. Depois pensei que talvez fosse a democracia , mas logo li que no dia 31 de
Janeiro tinham sido executados sete pessoas na Guiné Equatorial. (Diz-se que
foram todos de uma assentada , para o corredor da morte ficar limpinho até á
entrada da CPLP).
Chego então à conclusão que o critério de entrada deve ser o dinheiro. Desde
que pague a jóia ( o presidente Teodoro Obiang já a depositou no Banif)
qualquer país pode entrar. Até a grande democracia do senhor Mugabe. E as
ditaduras líbia, egípcia ou tunisina, se não tivesse havido aquela cena
primaveril tão mentirosa como este início de Primavera em Portugal, seriam bem
vindas.
Seja pois bem vindo, senhor Mugabe. Desde que tenha guito para nos dar, a CPLP
deixa de ter uma visão estática, de ficar presa ao passado e vira-se para o
futuro radioso dos ditadores corruptos.
Para mal de PPC, a ideia não é inovadora. A UE e os EUA também já esqueceram o
passado e, virados para o futuro, derrubaram um ditador na Ucrânia, para
colocar lá um fascista. E, a partir de Maio, a senhora Le Pen entrará
triunfante no PE em Estrasburgo, reclamando ser a líder mais votada em França.
O futuro é risonho,
porque deixamos de estar amarrados ao passado, na douta opinião desta escumalha
que não aprendeu com a História recente.
Que Deus lhes
perdoe, porque não sabem o que fazem
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