Luanda
- O Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, defendeu hoje, sexta-feira, em
Luanda, um melhor acompanhamento da evolução social, para continuar a ganhar a
confiança do povo e liderar o processo de mudança.
Para
o líder partidário, “se o partido não acompanhar a evolução social e estagnar,
pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança”.
José
Eduardo dos Santos discursava na abertura da II sessão extraordinária do Comité
Central do MPLA, convocada para apreciar um conjunto de documentos relativos a
preparação do V Congresso extraordinário do partido convocado para Dezembro
próximo.
Disse
que o partido deve transmitir uma mensagem de confiança e esperança, e exprimir
as aspirações de todos, ou pelo menos, da imensa maioria da população e que a
sua proposta de contrato social ou de projectos concretos, deve visar a
construção do bem-estar e felicidade para todos.
Para
o político, “ao transformar a natureza para dela retirar o que necessita, o
homem também se transforma. De igual modo, quando um partido político concebe e
realiza os seus planos para a transformação da sociedade, este partido também
se deve transformar e crescer com essa sociedade”.
Citou,
a título de exemplo, que quando no país o Sistema Político do Partido Único foi
substituído pelo Sistema Democrático Pluripartidário, o MPLA teve de transferir
as suas organizações de base, dos centros de trabalho, para os locais de
residência, adaptando-se à nova realidade política e social.
Refere
que neste processo de mutação o partido deve detectar as forças sociais de
mudança e compreender a sua importância, carácter e dinâmica. Deve também
prever as tendências da evolução social para que possa adaptar-se, conduzir os
seus seguidores e o povo e manter a sua liderança.
Neste
caso, as forças políticas depois de perderem o rumo dos acontecimentos,
recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo assim no
populismo com a intenção de enganar as massas.
O
Presidente do MPLA considera que a inserção do partido na sociedade, como meio
para a condução do processo de transformação social, é fundamental para a
concretização do seu programa.
Neste
processo, devemos distinguir as forças de realização da transformação, que são
as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico, da
inovação e da capacidade de enquadramento, que são os quadros política e
tecnicamente mais preparados e motivados.
Salientou
que a selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio
das elites do país em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do
conhecimento e do saber fazer, para que possamos obter a participação e
colaboração daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola
democrática, próspera e inclusiva.
O
líder partidário defendeu a necessidade de tornar mais regular o diálogo entre
o topo, os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando também
comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.
Pediu
atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros que estão no país e na
diáspora, acreditando que a discussão deste tema vai certamente dominar os
debates que terão lugar no próximo Congresso Extraordinário do Partido, marcado
para Dezembro próximo.
Angop
– Foto: Lucas Neto
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