sábado, 31 de maio de 2014

MPLA: Acompanhamento da evolução social para liderar mudanças




Luanda - O Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, defendeu hoje, sexta-feira, em Luanda, um melhor acompanhamento da evolução social, para continuar a ganhar a confiança do povo e liderar o processo de mudança.

Para o líder partidário, “se o partido não acompanhar a evolução social e estagnar, pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança”.  

José Eduardo dos Santos discursava na abertura da II sessão extraordinária do Comité Central do MPLA, convocada para apreciar um conjunto de documentos relativos a preparação do V Congresso extraordinário do partido convocado para Dezembro próximo.

Disse que o partido deve transmitir uma mensagem de confiança e esperança, e exprimir as aspirações de todos, ou pelo menos, da imensa maioria da população e que a sua proposta de contrato social ou de projectos concretos, deve visar a construção do bem-estar e felicidade para todos.  

Para o político, “ao transformar a natureza para dela retirar o que necessita, o homem também se transforma. De igual modo, quando um partido político concebe e realiza os seus planos para a transformação da sociedade, este partido também se deve transformar e crescer com essa sociedade”.  

Citou, a título de exemplo, que quando no país o Sistema Político do Partido Único foi substituído pelo Sistema Democrático Pluripartidário, o MPLA teve de transferir as suas organizações de base, dos centros de trabalho, para os locais de residência, adaptando-se à nova realidade política e social. 

Refere que neste processo de mutação o partido deve detectar as forças sociais de mudança e compreender a sua importância, carácter e dinâmica. Deve também prever as tendências da evolução social para que possa adaptar-se, conduzir os seus seguidores e o povo e manter a sua liderança. 

Neste caso, as forças políticas depois de perderem o rumo dos acontecimentos, recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo assim no populismo com a intenção de enganar as massas.

O Presidente do MPLA considera que a inserção do partido na sociedade, como meio para a condução do processo de transformação social, é fundamental para a concretização do seu programa.  

Neste processo, devemos distinguir as forças de realização da transformação, que são as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico, da inovação e da capacidade de enquadramento, que são os quadros política e tecnicamente mais preparados e motivados.

Salientou que a selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio das elites do país em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do conhecimento e do saber fazer, para que possamos obter a participação e colaboração daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola democrática, próspera e inclusiva.

O líder partidário defendeu a necessidade de tornar mais regular o diálogo entre o topo, os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando também comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.  

Pediu atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros que estão no país e na diáspora, acreditando que a discussão deste tema vai certamente dominar os debates que terão lugar no próximo Congresso Extraordinário do Partido, marcado para Dezembro próximo.  

Angop – Foto: Lucas Neto

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