sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sandji Fati deverá deter a pasta da Defesa da Guiné-Bissau




Bissau - Sandji Fati, ex-Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), é o nome mais provável para vir a ocupar a pasta da Defesa, segundo a PNN apurou junto de fontes do PAIGC.

Ex-CEMGFA durante o período da Junta Militar, regressou no último ano ao PAIGC depois de um período de militância no PRID, partido com o qual entrou em ruptura. Licenciado em Direito, com 52 anos de idade, de etnia mandinga, Fati tem a seu favor o ser altamente respeitado pela classe militar guineense. Aliás, a sua nomeação para a Defesa terá mesmo o aval directo do actual CMEGFA, António Indjai.

A contribuir para a sua nomeação está o facto de Sandji Fati ser visto como um «militar com ideias muito concretas sobre a reestruturação das FA´s». É seu o primeiro estudo (1993) para a reestruturação do sector de segurança e defesa, que só não avançou devido ao conflito de 7 de Junho de 1998. Em diversas comunicações públicas, Fati tem avançado que a reestruturação terá de ser o «ponto inicial» para a estabilização do país.

Antigo Combatente, Sandji Fati regressou a Bissau em 2012, tendo recentemente ocupado funções como director da Fiscap, orgão de fiscalização marítima, no âmbito do qual conseguiu montar um sistema de vigilância costeira responsável pela diminuição da pesca ilegal em águas guinnenses.

Devido à implementação deste sistema entrou em choque com o então Chefe da Marinha, Bubo Na Tchuto, detido nos EUA por crimes de narcotráfico. Bubo exigia que a Fiscap desse conhecimento prévio das suas actividades de vigilância à marinha, sabe-se agora, como forma de evitar a detecção das embarcações oriundas da América do Sul.

O nome de Sandji Fati, bem como do futuro elenco governamental, deverá ser confirmado na próxima semana pelo Primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira.

(c) PNN Portuguese News Network - Bissau Digital

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