Macau, China, 30
jul (Lusa) - O metro ligeiro, que vai ligar a península de Macau e a ilha da
Taipa, só deverá estar a funcionar em pleno em 2022 tendo em conta o plano de
execução de obras previsto pelo gabinete responsável pelo projeto.
André Ritchie,
coordenador adjunto do Gabinete para as Infraestruturas de Transportes,
explicou à agência Lusa que na ilha da Taipa, o metro ligeiro - que terá uma
extensão de nove quilómetros - estará concluído até ao final de 2016 num
traçado que vai ligar a zona do aeroporto internacional até à ponte Sai Van,
onde, depois, será feito o prolongamento na ponte com o mesmo nome até à zona
da Barra, já na península de Macau, onde está a ser construída uma das estações
modais da península.
"Na estação da
Barra, cuja parte estrutural está feita, vamos lançar em setembro o concurso
para o centro modal que inclui um parque de estacionamento, um terminal de
autocarros e camionetas de turismo e ainda uma zona de táxis e que vai começar
a ser construído em 2015", disse.
Na península de
Macau, o projeto só estará concluído ao longo de 2015 e, com "cinco a seis
anos de obras", só em 2022 deverá estará a funcionar em pleno, ou seja,
entre a península de Macau e a ilha da Taipa.
Com um traçado
entre a península de Macau e a ilha da Taipa de cerca de 20 quilómetros , o
metropolitano ligeiro, construído em plataforma elevada, deverá custar, a
preços atuais, cerca de 15.000 milhões de patacas (1.400 milhões de euros) -
incluindo custos de construção e comboios e a preços atuais -, mas é ainda
preciso esperar pela decisão final relativa ao traçado de Macau para apurar
custos do projeto, disse.
"O preço
estimado de 500 milhões de patacas (46,7 milhões de euros) por quilómetro
refere-se a preços atuais e em plataforma elevada, mas estando ainda o traçado
de Macau em consulta pública, não se pode estimar em concreto, para já, o valor
da obra porque não temos o traçado final definido", assinalou.
André Ritchie
explicou também que as obras na ilha da Taipa são "complexas e
demoradas" porque implicam a "execução de estacas para sustentar os
pilares do metro, algumas das quais cravadas a mais de 100 metros de
profundidade".
"A zona da
Taipa, maioritariamente em zonas de aterros, implica um trabalho extraordinário
para que toda a infraestrutura esteja segura e por isso demora mais
tempo", disse.
Instado a comentar
o prolongamento das obras - o metro ligeiro é uma obra que é falada desde 2004
e deveria ter entrado em funcionamento em 2011/2012 - André Ritchie salientou
apenas que uma construção do género "é demorada, implica padrões de segurança
complexos e não pode ser colocada em causa por questões de datas".
"O que temos a
fazer é um trabalho que tem de ser seguro, viável e funcional sendo adequado
não só às necessidades dos residentes, mas também dos turistas e que possa ser
um veículo alternativo útil a Macau e à sua população", concluiu.
JCS // VM - Lusa
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