quinta-feira, 31 de julho de 2014

METRO LIGEIRO DE MACAU EM FUNCIONAMENTO PLENO SÓ EM 2022




Macau, China, 30 jul (Lusa) - O metro ligeiro, que vai ligar a península de Macau e a ilha da Taipa, só deverá estar a funcionar em pleno em 2022 tendo em conta o plano de execução de obras previsto pelo gabinete responsável pelo projeto.

André Ritchie, coordenador adjunto do Gabinete para as Infraestruturas de Transportes, explicou à agência Lusa que na ilha da Taipa, o metro ligeiro - que terá uma extensão de nove quilómetros - estará concluído até ao final de 2016 num traçado que vai ligar a zona do aeroporto internacional até à ponte Sai Van, onde, depois, será feito o prolongamento na ponte com o mesmo nome até à zona da Barra, já na península de Macau, onde está a ser construída uma das estações modais da península.

"Na estação da Barra, cuja parte estrutural está feita, vamos lançar em setembro o concurso para o centro modal que inclui um parque de estacionamento, um terminal de autocarros e camionetas de turismo e ainda uma zona de táxis e que vai começar a ser construído em 2015", disse.

Na península de Macau, o projeto só estará concluído ao longo de 2015 e, com "cinco a seis anos de obras", só em 2022 deverá estará a funcionar em pleno, ou seja, entre a península de Macau e a ilha da Taipa.

Com um traçado entre a península de Macau e a ilha da Taipa de cerca de 20 quilómetros, o metropolitano ligeiro, construído em plataforma elevada, deverá custar, a preços atuais, cerca de 15.000 milhões de patacas (1.400 milhões de euros) - incluindo custos de construção e comboios e a preços atuais -, mas é ainda preciso esperar pela decisão final relativa ao traçado de Macau para apurar custos do projeto, disse.

"O preço estimado de 500 milhões de patacas (46,7 milhões de euros) por quilómetro refere-se a preços atuais e em plataforma elevada, mas estando ainda o traçado de Macau em consulta pública, não se pode estimar em concreto, para já, o valor da obra porque não temos o traçado final definido", assinalou.

André Ritchie explicou também que as obras na ilha da Taipa são "complexas e demoradas" porque implicam a "execução de estacas para sustentar os pilares do metro, algumas das quais cravadas a mais de 100 metros de profundidade".

"A zona da Taipa, maioritariamente em zonas de aterros, implica um trabalho extraordinário para que toda a infraestrutura esteja segura e por isso demora mais tempo", disse.

Instado a comentar o prolongamento das obras - o metro ligeiro é uma obra que é falada desde 2004 e deveria ter entrado em funcionamento em 2011/2012 - André Ritchie salientou apenas que uma construção do género "é demorada, implica padrões de segurança complexos e não pode ser colocada em causa por questões de datas".

"O que temos a fazer é um trabalho que tem de ser seguro, viável e funcional sendo adequado não só às necessidades dos residentes, mas também dos turistas e que possa ser um veículo alternativo útil a Macau e à sua população", concluiu.

JCS // VM - Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana