Fernanda
Mestrinho – jornal i, opinião
Ricardo
Salgado, Oliveira Costa & C. são os pirómanos da banca portuguesa. Deitaram
fogo às finanças dos cidadãos, incendiaram empresas. Os governos não actuaram
preventivamente, a corporação de bombeiros (Banco de Portugal) chegou só para o
rescaldo.
A história repete-se. Na década de 90, na TVI da Igreja, chefiando os telejornais de fim-de--semana, com Pedro Pedroso, e com acesso a um documento do Banco de Portugal, demos as primeiras notícias da Caixa Açoreana. Os jornalistas Fernanda Neto e José Mussuali formavam essa equipa.
Com pouca audiência, nem os fiéis viam a TVI, nada acontecia. Foi então que Helena Sanches Osório, já falecida, da direcção do “Independente” me telefonou a perguntar se lhe cedia os papéis. Claro que os enviei…
Publicou no “Independente” e a Caixa Açoreana explodiu. Fiquei contente ainda que sem os louros. Milhões e milhões do Fundo Social Europeu evaporaram--se numa rede de corrupção. Muita gente prejudicada. Alguns processos, tudo embrulhado, mas nada de mais….
Com o BPN e o BES, tal como então, os cidadãos não acreditam na penalização severa dos responsáveis. E quem garante, com mais pirómanos à solta, que não haverá mais fogos?
PS: Afinal Mota Pinto não será chairman do Novo Banco. Nem é preciso. Gostei. E já agora também não podem acabar com isso dos administradores não- executivos ou membros dos conselhos de estratégia. Estou a lembrar-me de Catroga ou Celeste Cardona da EDP. Seria uma boa limpeza das matas partidárias…
Jornalista/advogada
- Escreve ao sábado
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