Advogado
dos familiares dos activistas assassinados disse que o julgamento começou bem
Manuel
José – Voz da América
Começou
hoje (01.09) em Luanda o julgamento dos acusados de terem assassinado os
actividades Alves Kamulingue e Isaías Cassule em 2012. Os oito que estão no
banco dos réus são membros do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE).
O
advogado dos familiares de Alves Kamulingue e Isaias Cassule David Mendes disse
hoje a margem do julgamento acreditar que as coisas começaram bem e tudo indica
que os verdadeiros culpados pelo assassinato dos dois activistas cívicos vão
pagar pelo crime.
A
audiência começou a apresentação dos oito acusados da execução do crime:
Antonio Vieira Lopes, Paulo Mota, José Fragoso, Manuel Miranda, Luís Miranda,
Edivaldo Gustavo, Júlio Mauricio e Francisco Pimentel Daniel.
Depois,
ouviram-se as alegações dos advogados de defesa dos réus que, segundo o
advogado dos familiares de Cassule e Kamulingue, está no bom caminho.
"Estamos
no inicio da sessão, pelo menos aquilo que foram as contestações vê-se que os
factos são claros, houve homicídios, acho que a questão vai ficar mais simples
do que esperávamos”, disse David Mendes, advogado dos familiares de Isaías
Cassule e Alves Kamulingue.
Segundo
Mendes, só o facto de as pessoas assumirem que cometeram o acto já é um sinal
de que se está no bom caminho.
Entretanto,
um dos declarantes presentes em tribunal, o activista Manuel Nito Alves, diz
não acreditar na seriedade deste julgamento. ”Não acredito na justiça do país
por uma questão de coerência, e acho que vão simular um simples julgamento
porque os homens que mataram Cassule e Kamulingue fazem parte da classe
dominante, falo de José Eduardo dos Santos e o seu MPLA, acho que estamos a
discutir sintomas".
Os
declarantes foram retirados da sala para regressarem na próxima quinta-feira,
enquanto os acusados continuam a ser ouvidos em juízo.
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