Hong
Kong, China, 22 set (Lusa) - Um em cada cinco residentes de Hong Kong encara o
futuro político da cidade com pessimismo e pensa em sair da Região
Administrativa Especial chinesa, de acordo com um inquérito da Universidade
Chinesa de Hong Kong.
Numa
escala de zero a dez, equivalendo dez a extremamente otimista, a média das
respostas foi de 4,22, o que aponta para um clima geral de pessimismo, descreve
o jornal South China Morning Post.
Cerca
de 21% dos inquiridos admitiram estar a considerar emigrar.
A
maioria dos participantes, 53,7%, defendeu que o Conselho Legislativo devia
vetar a propostas de reformas eleitorais que impliquem que pessoas com ideias
políticas diferentes de Pequim não sejam autorizadas a concorrer ao cargo de
chefe do Executivo.
Opinião
oposta tem 29,3% dos inquiridos, que acredita que estas propostas devem ser
aprovadas.
Entre
os entrevistados, 46,3% não apoiam os protestos do Occupy Central, enquanto
31,1% diz apoiar o movimento de desobediência civil que pretende ocupar o distrito
financeiro da cidade.
O
estudo faz parte do projeto "Estudos de Desenvolvimento Político e Opinião
Pública" do Centro de Inquéritos de Opinião Pública e Comunicação da
universidade, foi conduzido entre 10 e 17 de setembro e incluiu entrevistas a
1.006 residentes, falantes de cantonês, com mais de 15 anos.
Dados
oficiais citados pelo jornal indicam que 7.600 pessoas de Hong Kong emigraram
no ano passado, um valor muito abaixo dos 30.900 registados em 1997, data da
transferência de soberania para a China.
Hong
Kong é uma Região Administrativa Especial da China desde 01 de julho de 1997 e
tem uma população de cerca de sete milhões de pessoas.
ISG//
FV - Lusa
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