quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Moçambique - EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS: RECEITAS EM CRESCENDO




As receitas colectadas através da cobrança de impostos específicos, nomeadamente de produção e de superfície resultantes da exploração de recursos minerais, incluindo hidrocarbonetos, cresceram de cerca de 44 milhões de meticais em 2012 para mais de 484 milhões de meticais este ano.

Trata-se dos impostos colectados como resultado da exploração de vários recursos minerais existentes no país, incluindo hidrocarbonetos que são explorados em Pande e Temane, na província de Inhambane.

De acordo com o Presidente da República, Armando Guebuza, que falava ontem na abertura do II Congresso de Geologia de Moçambique, estas receitas vão continuar a crescer com a descoberta de mais recursos, como é o caso do gás na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, cuja exploração está prevista para a partir de 2018.

“As reservas de gás natural na Bacia do Rovuma cresceram exponencialmente de 170 triliões de TCFs nas áreas 1 e 4 para 200 triliões TCFs. Descobrimos grafite de classe mundial em Balama, Cabo Delgado, e confirmámos reservas comerciais de Ferro e Vanádio em Tete e areias pesadas em Inhambane. São evidências de que as receitas dos impostos resultantes da sua exploração vão continuar a crescer”, disse Guebuza.

O Chefe do Estado afirmou que a descoberta e exploração desses recursos é resultado de parte dos trabalhos efectuados pelos geólogos e geocientistas nacionais, daí que o Governo continuará a formar profissionais para o sector geológico mineiro com vista a dotar o país de quadros especializados e com perfil técnico para as indústrias no país.

Para além disso, segundo Guebuza, a aprovação da Lei de Minas e da Lei de Petróleos veio consolidar a exploração e gestão nacional destes recursos estratégicos na economia nacional e projectou o país como um destino seguro para investimentos nessa área.

“O país tem estado a registar avanços na identificação do seu potencial de recursos naturais e a adensar a sua certeza de que está gradualmente a transitar do ciclo vicioso de pobreza para o ciclo virtuoso do bem-estar”, afirmou o Chefe do Estado.

Sobre o II Congresso de Geologia, que decorre em paralelo com o XII Congresso de Geoquímica dos Países de Língua Portuguesa, o Chefe do Estado afirmou que era um encontro de capital importância na medida em que prestava grande contributo para o conhecimento do potencial mineiro do país.

“Queremos saudar a abnegação e persistência do sector dos Recursos Minerais, que resultou na elevação do país para patamares mais privilegiados na geoeconomia e na geopolítica mundiais no contexto da detenção de reservas de carvão e de gás natural”, referiu.

Acrescentou que, na verdade, as reservas provadas de carvão cresceram e o número de empreendimentos de produção em moldes industriais passou de um para quatro nos últimos dois anos. “São alguns resultados encorajadores do vosso trabalho, do qual todos nós moçambicanos nos orgulhamos. Acreditamos que mais espécies minerais merecerão mais atenção nos tempos que vêm”, acrescentou.

Guebuza reiterou que o Governo vai continuar a privilegiar a atracção de mais investimentos, quer nacionais como estrangeiros, para as actividades de prospecção e pesquisa geológico-mineira visando melhorar cada vez mais o conhecimento geológico das potencialidades em recursos minerais bem como do seu volume e suas classificações.

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