Moçambique
reiterou, no fim-de-semana, a necessidade de uma resolução da questão palestina e
do Sahara Ocidental, e pediu o fim do bloqueio a Cuba por parte dos Estados
Unidos.
Discursando
perante a Assembleia Geral (AG) das Nações Unidas, o Ministro dos Negócios
Estrangeiros moçambicano, Oldemiro Baloi, salientou, segundo a LUSA, que o país
reitera o apelo para “uma solução justa e duradoura para a Palestina, por meios
pacíficos”, de acordo com o direito internacional e com as resoluções das
Nações Unidas.
E
quanto ao Sahara Ocidental, saudou a iniciativa de a União Africana (UA) ter
nomeado Joaquim Chissano, antigo chefe de Estado moçambicano, como enviado
especial na busca “de uma solução que assegure a realização do direito do povo
saharaui à autodeterminação, à qual Moçambique reafirma o seu apoio
incondicional”.
“A
liberdade de escolha do sistema político e de comércio é um direito inalienável
de todos os Estados, independentemente da sua dimensão. Nesse sentido, a
necessidade de pôr fim ao embargo económico, comercial e financeiro imposto
pelos Estados Unidos a Cuba continua a ser motivo de preocupação, por ter
motivos políticos e impedir o desenvolvimento socioeconómico de Cuba. Por isso,
Moçambique associa-se a todos os países que exigem o fim imediato desta medida
injusta e unilateral”, disse também Oldemiro Baloi.
No
discurso, o representante de Moçambique lembrou as metas de desenvolvimento do
milénio, disse que era importante acelerar as que estão atrasadas e garantir a
sustentabilidade das que foram atingidas, e acrescentou que o país já está a
preparar a agenda para depois de 2015, que tem como objectivo geral a
erradicação da pobreza.
E
considerou urgente a conclusão das negociações de Doha (da Organização Mundial
do Comércio sobre a diminuição de barreiras comerciais), cujos avanços
Moçambique vê com esperança, como vê, acrescentou, o crescimento económico do
continente africano, que deve atingir os 5,3 porcento este ano.
E
2015, disse Baloi, quando a ONU faz 70 anos, a data representa “uma
oportunidade histórica” para reformular compromissos mundiais e tomar medidas
para acelerar as reformas que estão previstas na organização, em especial no
Conselho de Segurança.
“A
incapacidade das Nações Unidas em resolver situações de conflitos e de
instabilidade no Médio Oriente ou no leste europeu coloca em causa a sua
autoridade como entidade mundial e fórum político multilateral para promover o
diálogo no quadro do multilateralismo”, disse.
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(mz)
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