Nova
Iorque, Estados Unidos, 26 set (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste,
Xanana Gusmão, criticou hoje em
Nova Iorque , num discurso proferido na 69ª Assembleia-Geral
da ONU, a "prática incorreta" das organizações internacionais de
medir o mundo e pediu uma agenda de desenvolvimento "verdadeiramente
transformadora".
"Vamos
entrar no ano de 2015, sabendo que 2,2 mil milhões de pessoas do mundo estão já
ou vão entrar na faixa da extrema pobreza sem sequer conhecer o que são os
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio", afirmou Xanana Gusmão.
"É,
portanto, para nós aqui presentes uma oportunidade histórica para partilharmos
as nossas reflexões sobre os imensos desafios que temos pela frente de forma a
delinearmos uma agenda verdadeiramente transformadora onde nenhum país fique
para trás", disse Xanana Gusmão.
No
discurso, o primeiro-ministro timorense chamou também a atenção para o que
considerou a "prática incorreta das organizações internacionais de medir o
mundo", colocando no "mesmo saco" os 193 países membros da ONU.
"Esses
índices da economia de desenvolvimento estabelecem escalas de valores não só
injustas, como desmotivadoras para a maioria dos países subdesenvolvidos",
alertou o primeiro-ministro timorense.
Xanana
Gusmão deixou também críticas às Nações Unidas, afirmando que para responder
aos desafios mundiais é preciso uma organização mais "operante, mais ativa
e menos estereotipada".
Para
o chefe do Governo timorense, a ONU tem de trabalhar em cooperação estreita com
as outras organizações, sobretudo, regionais e atuar com "profundo
respeito pela soberania de cada Estado e pelas suas idiossincrasias".
"Todas
as ações levadas a cabo têm sido apenas uma continuidade de medidas exercidas
que na maioria dos casos não produziram resultados muito positivos",
afirmou.
MSE
// JCS - Lusa
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