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(05.11.14) A pobreza e a fome afetam 28 milhões de pessoas nos países
lusófonos, indica uma declaração aprovada no último dia 20 pelos chefes de
estado e de governo da CPLP, que pretende ter o estatuto de observador no
Comité Mundial de Segurança Alimentar.
A
pobreza e a fome afetam 28 milhões de pessoas nos países lusófonos, indica uma
declaração aprovada no último dia 20 pelos chefes de estado e de governo da
CPLP, que pretende ter o estatuto de observador no Comité Mundial de Segurança
Alimentar.
Numa
declaração sobre os desafios da segurança alimentar e nutricional aprovada em
Maputo durante a XVII reunião ordinária do conselho de ministros, a Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifesta "apreensão com o aumento
do número de pessoas que padecem de fome".
O
texto recorda que o problema "atinge centenas de milhões de pessoas no
mundo, incluindo 28 milhões de cidadãos no espaço da CPLP" e lembra que
"mais de 200 milhões de crianças com idade inferior a cinco anos sofrem de
malnutrição".
Considerando
que "só uma parceria global e abrangente sobre a agricultura e alimentação
(...) poderá contribuir para minimizar os efeitos da fome à escala
global", os chefes de estado da CPLP apelam à presidência da organização
que, a partir de hoje, é assumida pelo governo de Moçambique, e ao secretariado
executivo para aprofundar a cooperação com a organização da ONU para a
Alimentação e a Agricultura (FAO).
Recomendam
ainda que a Presidência e o secretariado executivo da CPLP "confirmem
junto do Comitê Mundial de Segurança Alimentar (CSA), da FAO, a concessão do
Estatuto de Observador à CPLP".
Na
declaração, a CPLP reafirma o seu "compromisso com o reforço do direito
humano à alimentação adequada nas políticas nacionais e comunitária,
reconhecendo o seu papel na erradicação da fome e da pobreza na CPLP".
Defende
ainda constituição do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP
(CONSAN-CPLP), previsto na Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da
CPLP (ESAN-CPLP), aprovada em Julho do ano passado na XVI Reunião Ordinária do
Conselho de Ministros da CPLP, em Luanda.
O
CONSAN-CPLP, que funcionará como plataforma e espaço de concertação de
políticas e programas no domínio da segurança alimentar e nutricional da CPLP,
servirá ainda para assessorar os chefes de estado e de governo da organização
nestas matérias.
O
intercâmbio de tecnologias e o fortalecimento da agricultura familiar,
prestando a devida atenção aos aspectos estruturais relativos à produção,
armazenamento, comercialização e distribuição de alimentos, são outros
objetivos definidos na declaração da CPLP, que defende a troca de experiências
e informação no domínio da segurança alimentar e nutricional com outros espaços
de integração regional nos quais se inserem os estados-membros.
A
IX Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP decorreu em Maputo,
subordinada ao tema A CPLP e os Desafios de Segurança Alimentar e Nutricional.
Jornal
Tropical (st)
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