No
artigo de opinião que Vasco Pulido Valente assina hoje na última página do
jornal Público o protagonista é ‘Um fingidor’ de seu nome José Sócrates.
Reconhecendo tratar-se de alguém de quem “nunca” gostou, o autor do texto,
considera que o ex-primeiro-ministro encarna “em toda a sua pessoa, o pior do
PS: o ressentimento social, o narcisismo, a mediocridade, o prazer de mandar”.
“Nunca
gostei da personagem política ‘José Sócrates’ desde a campanha para
secretário-geral do PS (...) até à sua ascensão a primeiro-ministro",
começa por escrever, esta sexta-feira, Vasco Pulido Valente, como habitualmente
na última página do jornal Público. Na opinião do antigo jornalista, "não
tranquiliza particularmente ser governado por um indíviduo que se descreve a
sia mesmo como um ‘animal ferroz’, nem por um indíviduo que prefere a força
política e legal à persuasão e ao compromisso", sustenta.
Face
a tudo o que tem sido dito sobre o caso Sócrates, e sem entrar em pormenores,
Vasco Pulido Valente afirma que “se o tratam mal agora, seria bom pensar na
gente que ele tratou mal quando podia: adversários, serventes, jornalistas,
toda a gente que tinha de o aturar por necessidade ou convicção. Sócrates
florescia no meio do que foi a sufocação do seu mandato", considera.
Na
opinião de Vasco Pulido Valente, José Sócrates encarna “em toda a sua pessoa, o
pior do PS: o ressentimento social, o narcisismo, a mediocridade, o prazer de
mandar”. Mas, acrescenta, “como qualquer arrivistas, Sócrates enganou-se
sempre”.
“Começou
pelos brilhantíssimos fatos que ostentava em público. (...) Veio a seguir a
‘licenciatura’ da Universidade Independente, como se aquele papel valesse
alguma coisa para alguém. E a casa da Rua Braamcamp, (...) o exacto contrário
da discrição e conforto (...) em que um político transitoriamente reformado se
iria meter”, escreve.
Contudo,
as observações prosseguem, acrescentando que “depois de sair do Governo e do
partido, Sócrates, mostrava a cada passo a sua falsidade, não a does negócios,
mas da notabilidade pública. (...) Resolveu estudar em Paris, para se vingar da
humilhação do Instituto de Engenharia e da Universidade Independente” e viver
“no ‘seizième’, o bairro ‘fino’, como ele achava que lhe competia”.
E
no regresso a Lisboa, “correu para a RTP, onde perorava semanalmente para não o
esquecerem. (...) Não sei nem me cabe saber se o prenderam justa e
justificadamente. Sei – e, para mim chega - que o homem é um fingidor”,
remata Vasco Pulido Valente, no artigo que hoje assina no jornal Público.
Ana
Lemos – Notícias ao Minuto
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