Opera
Mundi, São Paulo
Protesto
faz parte do Dia Nacional da Resistência; manifestações aconteceram também em Nova York , San Francisco
e outras cidades
Pelo
menos 10 mil pessoas se reuniram neste sábado (13/12) em Washington em um dos
maiores protestos contra a violência policial registrados desde o não
indiciamento dos dois oficiais brancos que mataram jovens negros no Missouri e em Nova York. A marcha, chamada
de “Justiça para Todos” e convocada em defesa dos direitos civis, faz parte do
Dia Nacional de Resistência, convocado após os dois casos.
Os
manifestantes partiram da Freedom Plaza, que fica próxima à Casa Branca, e
seguiram até o Capitólio, sede do Congresso norte-americano. Marchas também
aconteceram em Nova York ,
San Francisco, Austin, Chicago, Boston e em outras cidades.
Como
nos protestos da última semana, cartazes com as inscrições “Hands up, don’t
shoot” (mãos ao alto, não atire), em referência às marchas acontecidas no
Missouri após o assassinato do jovem Michael Brown, e “I can’t breath” (não
consigo respirar), últimas palavras de Eric Garner antes de ser asfixiado por
um policial, são levados pelos manifestantes.
As
famílias dos dois homens assassinados participaram da manifestação em Washington. A
previsão inicial era de que os protestos na capital reunissem 5.000 pessoas.
Força
Os
protestos têm
ganhado força nos últimos dias. Na quarta-feira (10/12), alunos de
cerca de 70 faculdades de medicina encenaram uma "morte coletiva"
para protestar contra o assassinato de homens negros desarmados.
Além
dos estudantes de medicina, em Berkley, cerca de cem manifestantes também foram
às ruas, e na quinta (11/12), um grupo de funcionários do Congresso fez um
protesto na escadaria do Capitólio. Deputados democratas levantaram as mãos,
simulando estarem desarmados, durante uma sessão na Câmara dos Representantes.
Após
o início das manifestações, ainda na semana passada, o presidente
Barack Obama anunciou medidas para tentar evitar casos como os de
Brown, Garner e o de Tamir Rice, de 12 anos, que foi morto em Cleveland.
Obama
afirmou também que pediria ao Congresso US$ 263 milhões ao longo de três anos
para investir em várias medidas relacionadas com as policiais locais, entre
eles US$ 75 milhões para que 50 mil agentes tivessem câmeras incorporadas ao
uniforme ou a seu corpo, para gravar as interações com civis.
Fotos:
Paulina Leonovich
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