O
presidente da Câmara de Lisboa e candidato socialista a primeiro-ministro disse
hoje pretender que este seja «o último dia» em que se comemora o Dia da
Independência sem ser feriado, eliminado pelo atual Governo em 2012.
«Desde
1862, [que] o município de Lisboa se junta à Sociedade Histórica [da
Independência de Portugal] para celebrar a independência nacional, data que
desde 1910 e até bem recentemente constituiu feriado oficial e que quero que
seja hoje o último dia em que comemoramos sem estarmos nessa condição», afirmou
António Costa, que discursava numa cerimónia que assinalava o Dia da
Independência, na praça dos Restauradores, em Lisboa, recebendo aplausos da
plateia que o ouvia.
Este
ano, assinalam-se 374 anos do golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de
dezembro de 1640, data que foi considerada feriado nacional desde 1910 até
2012, sendo que no ano passado já não se celebrou dessa forma, em virtude da
decisão tomada pelo atual Governo de maioria PSD/CDS-PP.
«Como
aqui referi no ano passado, o 1º de Dezembro é património de Portugal e dos
portugueses, pertence à comunidade e a ninguém é moralmente permitido dispor
dele com ligeireza, mesmo que o faça invocando o nome do Estado», salientou o
autarca socialista.
Visão
semelhante tem o coordenador do Movimento 1º de Dezembro, José Ribeiro e
Castro, que afirmou na sua intervenção que é necessário «continuar a trabalhar
no plano cívico, social e político para o duplo pleonasmo, a eliminação da
eliminação e [para] a restauração da restauração».
Defendendo
que «não é necessário mudar o ciclo político» para voltar a transformar este
dia em feriado nacional, o também deputado do CDS-PP abordou uma lógica de
«ecologia fundamental», através da qual «é de bom tom que cada um limpe o seu
próprio lixo - é regra de educação e até de civismo».
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