quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

QUANDO É QUE A ADMNISTRAÇÃO BUSH É JULGADA E CONDENADA PELOS SEUS CRIMES?




Os EUA foram uma Pátria do novo mundo que inspiraram a libertação do colonialismo, não há dúvida. Isso foi há pouco mais de dois séculos (1776). É desse ano a Declaração de Independência das treze colónias da Grã Bretanha. Nessa Declaração de Independência era afirmado: “que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade”. A Declaração “inspirou os documentos de direitos humanos em todo o mundo”, segundo se sabe e é constante na Wikipédia.

Passados cerca de 238 anos vimos a constatar que esses EUA há muito que não existem e que é um dos principais países a violar os Direitos Humanos. Já aconteceu centenas de vezes, para não dizer milhentas. Guantánamo é testemunho disso mesmo. A criminosa administração de George W. Bush passeia-se impunemente pelo país e pelo mundo, apesar de globalmente sabermos que são criminosos comparáveis a Hitler e a outros mais desse perfil. Mais uma prova disso mesmo encontra-se no artigo a seguir, compilado de Carta Capital.

Abreviando, o que deve ser questionado é quando é que a administração Bush é levada a tribunal e condenada pelos seus crimes? Os cidadãos norte-americanos têm o dever de eles próprios exigirem justiça para purificarem minimamente os EUA dos crimes cometidos pelas suas administrações por todo o mundo. O ataque terrorista de 11 de Setembro foi, sem dúvida alguma, hediondo e merece o repúdio adequado e indiscutível mas não é motivo que atenue os crimes condenáveis que igualmente a administração Bush cometeu. Isto para não referir crimes da administração Obama da atualidade, a que chamam “danos colaterais”. Um sofisma para justificar ataques à bomba e com outros armamentos de cidadãos inocentes por todo o mundo. Homens, mulheres e crianças são chacinados como sejam atos heróicos quando afinal em muito pouco se diferenciam do ataque às Torres Gémeas em 11 de Setembro de 2001.

Por favor. Tenham vergonha. Repudiem e eliminem o cancro que são as administrações criminosas norte-americanas, do passado e da atualidade. Basta de crimes e da suscitação de ódios aos EUA tantas vezes justificados e que conduz a tantos radicalismos igualmente condenáveis e também a pedir a intervenção da Justiça Mundial. 

Carlos Tadeu / PG

Torturas da CIA incluíam afogamento e hidratação retal

Relatório apresentado pelo Senado norte-americano aponta técnicas de tortura até então escondidas pela agência

Carta Capital

As chamadas "técnicas reforçadas de interrogatório" da CIA incluíam simulação de afogamento, privação do sono, golpes, ameaça psicológica e até hidratação retal, revela o documento divulgado na terça-feira 9 pela comissão de Inteligência do Senado. O relatório acusa a CIA de submeter prisioneiros da "guerra ao terror" a banhos gelados, tapas na cara e socos na barriga. Segundo o documento, havia ainda a "técnica da parede" (walling), que consiste em colocar o prisioneiro diante de uma parede, contra a qual ele é lançado violentamente pelo interrogador.

Khalid Sheikh Mohammed, o suposto cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, foi submetido a este método, assim como a técnica do "submarino" (waterbording), que simula afogamentos, e à privação de sono. Na privação de sono, o detento era mantido acordado por até 180 horas, ou "sete dias e meio", em uma posição particularmente incômoda: "de pé, com as mãos sobre a cabeça" ou acorrentado e amarrado ao teto, revela o documento do Senado.

Abu Zubeida, um palestino capturado em março de 2002 no Paquistão, foi o primeiro prisioneiro da CIA a ser submetido a "técnicas reforçadas" de interrogatório. Esteve, por exemplo, encerrado em uma cela iluminada 24 horas. O relatório informa ainda que entre junho e agosto de 2002, Abu Zubeida foi "isolado durante 47 dias sem ser interrogado", e que sofreu uma técnica de confinamento ainda mais dura: foi colocado em uma espécie de caixão durante 266 horas, e em uma caixa ainda menor, durante 29 horas, enquanto era interrogado.

Em um centro de detenção conhecido como "Cobalt", um preso podia ser mantido na escuridão total, de pé, nu e com as mãos sobre a cabeça. Os prisioneiros também eram submetidos regularmente a duchas ou banhos de água gelada.

A simulação de afogamento (waterboarding) é, talvez, a técnica mais tristemente célebre. O preso era mantido amarrado a um banco inclinado, enquanto o interrogador lhe jogava água pelo nariz e a boca, durante 20 a 40 segundos, impedindo o interrogado de respirar. A operação era repetida a cada três ou quatro respirações. Sheikh Mohammed foi vítima desta "técnica" em 183 oportunidades. Em março de 2003, sofreu cinco interrogatórios com afogamento durante 25 horas.

O waterboarding provocava vômitos e convulsões e Abu Zubeida, submetido a esta "técnica", sofreu uma crise de "histeria" e durante certo tempo foi "incapaz de se comunicar".

Segundo o relatório, ao menos cinco presos foram submetidos a "reidratações retais" e em um caso os torturadores aplicaram alimentação pelo reto. Entre as ameaças psicológicas, as mais comuns envolviam familiares das vítimas, especialmente mulher e filhos, mas algumas advertiam sobre o estupro da mãe.

O relatório do Senado americano apresentado pela senadora Dianne Feinstein, líder do Comitê de Inteligência, não deixou dúvidas sobre o resultado das investigações: "É a minha conclusão pessoal que, em qualquer acepção do termo, os presos da CIA foram torturados".

O documento tem 525 páginas e inclui parágrafos inteiros cobertos por tinta preta para proteger informações confidenciais. Ele é um resumo da versão de 6.000 páginas mantida em sigilo e diz que a CIA impediu o Congresso e a Casa Branca a terem acesso às informações sobre o ocorrido e mentiu às autoridades. O texto toma muito cuidado no uso da palavra "tortura", preferindo o eufemismo "técnicas reforçadas de interrogatório", que tinha sido adotado no governo do presidente George W. Bush.

George W. Bush. O documento ainda revela que o então presidente George W. Bush foi informado, em abril de 2006, que a CIA tinha prisões secretas nas quais torturava prisioneiros, há quatro anos, para obter informações na chamada guerra contra o terror.

Segundo o documento, a CIA revelou a Bush o emprego destas "técnicas" de interrogatório no dia 8 de abril de 2006, após enviar memorandos confidenciais ao departamento de Justiça sobre o mesmo programa em 2002 e 2005.

Com informações da AFP

*Título PG
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