Díli,
15 dez (Lusa) - O Tribunal de Díli ordenou sábado a libertação imediata de
Paulino Gama e José Santos Lemos, antigos comandantes da guerrilha timorense,
detidos preventivamente em março por alegada tentativa de instabilidade,
anunciou hoje o advogado de defesa.
"A
decisão do tribunal foi anunciada depois de, no passado dia 05, termos pedido
pela quinta vez para revogar a prisão preventiva", afirmou em conferência
de imprensa o advogado, Paulo Remédios.
Segundo
Paulo Remédios, a defesa foi pedindo a revogação da prisão preventiva porque o
Ministério Público ainda não fez qualquer acusação contra os dois indivíduos
por falta de evidências.
Paulino
Gama (Mauk Moruk) e José Santos Lemos (comandante Labarik) foram colocados em
março em prisão preventiva pelo Tribunal Distrital de Díli no âmbito de uma
investigação a dois grupos por alegada tentativa de instabilidade em
Timor-Leste.
Os
homens foram detidos pela polícia timorense em cumprimento de uma resolução do
parlamento aprovada também em março que condenava o que classificou como
tentativas de instabilidade e ameaças ao Estado protagonizadas pelo Conselho de
Revolução Maubere e pelo Conselho Popular da Defesa da República de Timor-Leste
(CPD-RDTL).
Todos
os envolvidos naquele processo, cerca de 20 pessoas, continuam sob termo de
identidade e residência até ser concluída a investigação do Ministério Público.
Segundo
Paulo Remédios, a investigação deverá ser concluída e arquivada por "falta
de evidências".
"Desde
o início que se via que não havia evidências fortes e sérias para fazer uma
acusação", sublinhou, na conferência de imprensa onde estiveram presentes
os dois comandantes, acrescentando que foi precipitado deter as pessoas.
MSE
// JCS – Foto António Amaral / Lusa
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