sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

China: União Islâmica de Hong Kong defende liberdade religiosa em Xinjiang




Hong Kong, China, 23 Jan (Lusa) - O secretário-geral da União Islâmica de Hong Kong lamenta que na região de Xinjiang, de maioria muçulmana, não se possa praticar a religião livremente, mas sublinha que o recurso à violência nunca deve ser encorajado.

"Por mim, queria que houvesse mais liberdade para praticar o Islão na China e também outras religiões", disse Rahmatullah Mohamed Omar, em declarações à agência Lusa.

Questionado sobre se os problemas sentidos em Xinjiang são de natureza política ou religiosa, Omar respondeu que as duas realidades se sobrepõem.

"Eles sentem que são oprimidos, que não podem praticar a sua religião. Mas nunca encorajamos a violência", afirmou.

Em dezembro do ano passado, as autoridades de Urumqi, capital de Xinjiang, anunciaram que iam proibir o uso de burcas em locais públicos, para "combater a propagação do extremismo religioso", uma medida que surgiu depois de, em agosto, a cidade de Karamay ter proibido homens com barba e mulheres com véus de entrarem nos transportes públicos.

Em outubro, as escolas passaram a desencorajar práticas religiosas em casa e em julho, o imã da maior mesquita da China, localizada na região, foi assassinado.

Xinjiang tem sido palco de vários ataques violentos que causaram a morte de centenas de pessoas no ano passado.

ISG (AC/EJ) // PJA

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