Hong
Kong, China, 23 Jan (Lusa) - O secretário-geral da União Islâmica de Hong Kong
lamenta que na região de Xinjiang, de maioria muçulmana, não se possa praticar
a religião livremente, mas sublinha que o recurso à violência nunca deve ser
encorajado.
"Por
mim, queria que houvesse mais liberdade para praticar o Islão na China e também
outras religiões", disse Rahmatullah Mohamed Omar, em declarações à agência
Lusa.
Questionado
sobre se os problemas sentidos em Xinjiang são de natureza política ou
religiosa, Omar respondeu que as duas realidades se sobrepõem.
"Eles
sentem que são oprimidos, que não podem praticar a sua religião. Mas nunca
encorajamos a violência", afirmou.
Em
dezembro do ano passado, as autoridades de Urumqi, capital de Xinjiang,
anunciaram que iam proibir o uso de burcas em locais públicos, para
"combater a propagação do extremismo religioso", uma medida que
surgiu depois de, em agosto, a cidade de Karamay ter proibido homens com barba
e mulheres com véus de entrarem nos transportes públicos.
Em
outubro, as escolas passaram a desencorajar práticas religiosas em casa e em
julho, o imã da maior mesquita da China, localizada na região, foi assassinado.
Xinjiang
tem sido palco de vários ataques violentos que causaram a morte de centenas de
pessoas no ano passado.
ISG
(AC/EJ) // PJA
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