Hong
Kong, China, 22 jan (Lusa) - Um grupo de financiadores do movimento
pró-democrata de Hong Kong faz hoje publicar um anúncio no jornal norte-americano
Wall Street Journal desafiando a China a respeitar a autonomia da cidade e a
introduzir eleições livres.
O
anúncio surge na edição asiática do diário norte-americano, ocupa um quarto de
página e apresenta dez pedidos ao Partido Comunista Chinês.
Entre
os pedidos pode ler-se que Pequim se "abstenha de interferir nos assuntos
administrativos de Hong Kong" e o "estabelecimento de um sistema de
sufrágio universal genuíno" e a defesa dos direitos e liberdades da
cidade.
O
anúncio surge numa altura em que se mantém a tensão na antiga colónia britânica
que regressou à soberania chinesa em 1997.
Depois
de dois meses nas ruas, ocupando algumas das principais artérias da cidade, o
Movimento Democrático de Hong Kong mantém a pressão sobre as autoridades locais
para conseguir um sufrágio universal verdadeiro, que considera não estar
consagrado na decisão de Pequim para a escolha do chefe do Governo em 2017.
As
autoridades chinesas revelaram que os eleitores de Hong Kong podem, livre e
diretamente, escolher o próximo chefe do Governo em 2017, mas os candidatos ao
cargo só podem ser sufragados depois da sua candidatura ser ratificada num
comité de seleção que Pequim controla.
Edward
Chin, gestor do fundo que patrocina o anúncio e apoia o movimento democrático
de Hong Kong recordou que há pouco tempo nem ele se importava com a política,
mas foram as mudanças na sociedade que o fizeram atuar e ser um dos
impulsionadores do fundo que tem cerca de 70 apoiantes.
O
mesmo responsável acrescentou que uma carta com as reivindicações seguiu para Pequim
dirigida ao Presidente chinês, Xi Jinping.
JCS
// FV
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