terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Moçambique: Líder da Renamo presta solidariedade a vítimas de intoxicação




O líder da Renamo, maior partido de oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, prestou hoje solidariedade em Chitima, província de Tete, às famílias de vítimas de intoxicação por uma bebida alcoólica caseira denominada Phombe e que já matou 71 pessoas.

Dhlakama, que visitou doentes internados no centro de saúde de Chitima, sede do distrito de Cahora Bassa, a morgue distrital e a residência da família que confeccionou a bebida alcoólica, mostrou-se consternado e deixou palavras de conforto para os familiares das vítimas.

"É uma situação muito triste a perda de vidas humanas, já são mais de 70 pessoas que perderam a vida, o país está de luto e quero endereçar os meus pêsames às famílias, pois acredito que ficaram crianças sem pais, sem mães, e famílias desagregadas", declarou o líder da Renamo.

Afonso Dhlakama elogiou o trabalho das equipe médicas e técnicos de saúde que se encontram a trabalhar no local, onde se mantêm mais de três de dezenas de pessoas internadas.

A Polícia da República de Moçambique prossegue as investigações, mas, segundo o porta-voz da força policial em Tete, ainda não há resultados palpáveis.

Luís Nudia disse que, para facilitar as investigações, as autoridades interditaram o fabrico de bebidas alcoólicas caseiras no distrito de Cahora Bassa.

"É perigoso neste momento continuar a vender-se este tipo de bebidas, enquanto outras pessoas morrem", afirmou o porta-voz, apelando à população que evite o consumo de bebidas alcoólicas sem saber como foram produzidas.

Contactada telefonicamente, a diretora provincial de saúde em Tete, Carla Mosse, disse que ainda não recebeu os resultados de amostras, enviados para um laboratório em Maputo, da bebida, sangue e urina das pessoas intoxicadas.

Pelo menos 71 pessoas morreram por intoxicação, após terem consumido uma bebida tradicional denominada Phombe, produzida com farelo, açúcar e água, quando regressavam de um funeral no bairro de Cawira B, em Chitima.

A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, anunciou que já foi instaurado um processo para apurar a causa das 71 mortes, incluindo da mulher que fabricava a bebida.

"Até aqui, não há pistas. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia de Investigação Criminal, em coordenação com outras instituições, trabalham em todas as frentes, para apurar as causas e o tipo de produto usado para contaminar a bebida. Depois disso, e, caso se prove ter havido ação criminosa, vamos responsabilizar os presumíveis autores", disse Beatriz Buchili, citada hoje pelo jornal Notícias.

De acordo com a procuradora-geral, os corpos já foram submetidos a autópsia e a instituição aguarda pelas conclusões dos médicos legistas do Ministério da Saúde.

No domingo, o Governo moçambicano decretou três dias de luto em todo país, em memória das vítimas da tragédia e, na segunda-feira, a Assembleia da República observou um minuto de silêncio.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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