O
secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou hoje que 2015 será um ano
de contestação social e de luta em resposta à políticas do Governo, contrárias
aos interesses dos trabalhadores.
"Face
às políticas que este Governo continua a desenvolver, [2015] será um ano de
contestação e de luta. Não há volta a dar porque o Governo continua a apostar
na redução dos direitos, através dos cortes salariais e dos serviços públicos
fundamentais, como a educação e a saúde", disse o sindicalista aos
jornalistas.
Arménio
Carlos falou aos jornalistas no final de um Plenário Nacional de Sindicatos da
Intersindical, órgão máximo entre congressos, que contou com a participação de
várias centenas de sindicalistas.
"É
evidente que este é um Governo que não está interessado em governar para a
maioria dos portugueses, está interessado e empenhado numa agenda política de
destruição do país. Perante isto só há uma coisa a fazer: responder",
disse o líder da CGTP.
O
sindicalista considerou que atualmente não estão apenas em causa os direitos
fundamentais dos trabalhadores, mas a sua própria dignidade.
Lembrou
que no plenário de hoje foram definidos os eixos reivindicativos para o ano que
está a começar, que passam, nomeadamente, pela dinamização da acção
reivindicativa nos locais de trabalho.
No
plenário, Arménio Carlos alertou para as intenções patronais de substituírem o
pagamento do trabalho extraordinário, que voltou aos valores normais depois de
dois anos e meio de redução, por bancos de horas.
"As
entidades patronais não abdicam de continuar a reduzir os custos com o trabalho
e agora com o fim da redução do valor do trabalho extraordinário, vão tentar substitui-lo
por bancos de horas para passarem a não pagar nada", disse aos
jornalistas.
O
líder da Inter explicou que os sindicatos da central estão disponíveis para
negociar, mas não aceitarão nada que signifique a redução da retribuição dos
trabalhadores.
Arménio
Carlos salientou algumas ações de luta que estão marcadas para o primeiro
trimestre do ano, nomeadamente a manifestação nacional da administração pública
no dia 30 e a marcha da Interjovem contra a precariedade, que termina em Lisboa
a 28 de março.
O
Plenário de Sindicatos da CGTP aprovou a data do 13.º congresso da CGTP, que se
realizará a 26 e 27 de fevereiro do próximo ano.
O
encontro de sindicalistas e ativistas da Inter terminou com a atuação de um
grupo de música popular que foi cantar as janeiras à CGTP adaptando letras de
canções desta quadra à atividade reivindicativa da central sindical.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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