A
deputada do PCP Paula Santos requereu hoje potestativamente a audição urgente
do ministro da Saúde na respetiva comissão parlamentar para esclarecer a
"situação caótica em que se encontram as urgências hospitalares".
"A
rutura dos serviços de urgência não é uma questão pontual, nem de hoje. É um
problema frequente, que vem de há muito e tem vindo a agravar-se", lê-se
no requerimento.
Segundo
a parlamentar comunista, "o Governo insiste em anunciar medidas
conjunturais para resolver um problema que é estrutural e que decorre das
opções políticas na área da saúde".
Hoje
mesmo, o responsável ministerial, Paulo Macedo, prometeu a ampliação do
Hospital Amadora-Sintra, além da abertura dos centros de saúde em horários
alargados e do reforço de pessoal nos hospitais.
Na
véspera a Agência Lusa teve acesso a um despacho do seu secretário de Estado
Adjunto, Fernando Leal da Costa, que previa que as urgências privadas possam
tratar doentes do Serviço Nacional de Saúde em caso de grande afluência aos
hospitais e um conjunto de medidas que inclui a repetição da triagem, quando o
tempo de espera for ultrapassado.
Desde
os últimos dias de 2014 até agora, quando foram noticiadas diversas unidades
hospitalares com exagerados tempos de espera nas urgências, já oito pessoas
morreram sem terem tido acesso, alegadamente, à assistência necessária, por
falta de meios humanos ou materiais.
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