quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Pensionistas de Macau pedem apoio financeiro do Governo para compensar descida do euro




Macau, China, 04 jan (Lusa) - A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) entregou hoje uma petição ao Governo, pedindo uma compensação pelo "prejuízo dos aposentados" da administração portuguesa, que temem ser prejudicados com a desvalorização do euro.

Cerca de 1.300 antigos trabalhadores da função pública recebem as suas pensões através de Portugal e quando o câmbio fixa que 1 euro vale menos de 9 patacas, o valor das pensões é alterado.

O pedido de apoio financeiro é também justificado com o que entendem ser outras perdas, como a suspensão do subsídio de residência para todos os trabalhadores que se aposentaram antes da transferência de administração, em 1999, e recebem as suas pensões através da Caixa Geral de Aposentações.

A petição foi hoje entregue por Jorge Fão, presidente da Assembleia Geral da APOMAC e membro da comissão eleitoral do chefe do executivo, depois de uma reunião da associação, já prometida no fim de janeiro para minimizar os impactos da desvalorização do euro.

O euro atingiu mínimos de 11 anos depois da vitória do Syriza na Grécia.

"Devido à queda brusca do câmbio e ao corte do Governo nos subsídios de residência, propomos que se arranje uma forma de compensar o prejuízo aos aposentados", explicou à agência Lusa o presidente da APOMAC, Francisco Manhão.

Não foi apresentada nenhuma sugestão concreta, apenas que este apoio deve ser financeiro, mas não com que frequência ou em que moldes. O objetivo é conseguir um apoio permanente e não apenas durante a baixa do euro.

A APOMAC contactou também a Caixa Geral de Aposentações em Portugal para pedir que as pensões de fevereiro sejam pagas mais cedo que o habitual, no dia 17, de modo a antecederem os feriados do Ano Novo chinês, que começam a 19.

Atualmente, há cerca de 1.300 reformados da antiga administração a residir em Macau que recebem as suas pensões através de Portugal. Segundo o presidente da APOMAC, as pensões variam entre 300 euros (pensões de sobrevivência) e 4.000 euros, sendo que a maioria oscila entre os 2.000 e os 3.500 euros.

ISG // VM

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