A
dívida acumulada diz respeito a um período em que o primeiro-ministro trabalhou
a recibos verdes. Passos Coelho admite que vai pagar à Segurança Social, mas
que não é obrigado a fazê-lo porque a situação prescreveu.
Entre
1999 e 2004, anos em que exerceu funções como trabalhador independente, Passos
Coelho não descontou qualquer valor para a Segurança Social.
De
acordo com o Público, o primeiro-ministro tem uma dívida no valor de 5.016
euros, a que acrescem 2.413 em juros de mora, ascendendo, no total, os sete mil
euros.
A
edição deste sábado da mesma publicação indica que Passos Coelho deixou as
funções de deputado em outubro de 1999, pelo que, mesmo trabalhando a recibos
verdes desde 1996, era através da Assembleia da República que descontava para a
Segurança Social.
Contudo,
não continuou a fazê-lo como trabalhador independente até começar a trabalhar,
em 2004, por conta de outrem, ao tornar-se administrador de empresas do grupo
Fomentinvest.
Em
2007, muitos portugueses foram notificados dos valores que teriam em falta no
Instituto de Segurança Social. Mas o chefe do Governo alega que não foi o seu
caso. Mais, admite que a sua dívida é apenas de 2.880 euros, a que se somam
pouco mais de mil em juros de mora. Segundo os documentos a que o Público teve
acesso, este valor dirá respeito à dívida contraída até 2012.
É
este valor (perto de quatro mil euros), que Pedro Passos Coelho admite pagar,
ainda antes do término do seu mandato como primeiro-ministro, para “por termo
às acusações infundadas sobre a sua situação contributiva”.
Porém,
frisa fazê-lo “voluntariamente já que a prescrição ocorrerá em 2009.
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