O
presidente francês François Hollande considera que as negociações realizadas na
véspera em Moscou são uma das últimas chances para evitar a guerra na Ucrânia,
divulgou a agência France-Presse neste sábado (7).
“Penso
que é uma das últimas chances. Se não tivermos sucesso na busca de uma solução
pacífica estável, sabemos bem qual será o cenário: ele só tem um nome – a
guerra”, disse Hollande aos jornalistas.
As
negociações sobre a Ucrânia, realizadas nesta sexta-feira em Moscou, incluíram
um encontro direto entre o presidente russo, Vladimir Putin, a chanceler alemã,
Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande.
Segundo
Dmitry Peskov, assessor de imprensa do Kremlin, "as negociações foram
construtivas e consistentes e as partes estão trabalhando na redação de um
texto que possivelmente vai regularizar a situação da Ucrânia. Este documento
pode incluir as sugestões do presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, e
Putin e será apresentado a todas as partes do conflito."
No
domingo, os líderes de Rússia, Alemanha e França farão um resumo preliminar do
documento para a regularização na Ucrânia através de conversa telefônica que
será feita no formato da Normandia.
Sputnik/
Sergei Guneev
Comandante da OTAN na Europa não exclui solução militar da crise ucraniana
O
comandante militar das forças dos EUA e OTAN na Europa, general Philip
Breedlove manifestou durante a Conferência de Segurança de Munique que países
do Ocidente não devem excluir a possibilidade de solução militar do conflito no
leste da Ucrânia.
Porém
acrescentou que se trata somente de ajuda à parte ucraniana com armamentos e
equipamento militar mas não com força militar, divulga a Reuters.
Breedlove
frisou que não está considerada uma operação terrestre por parte da OTAN no
leste da Ucrânia.
A
Reuters escreve que segundo o comandante da OTAN na Europa, o plano do
presidente russo Vladimir Putin de solução da crise ucraniana é “absolutamente
inaceitável”.
Kiev
está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os
independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das
novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado
ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de
5.000 civis já foram vítimas deste conflito.
Desde
9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o
número de vítimas do conflito.
O
Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas
estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os
independentistas, por seu turno, declararam que fizeram “avançar a linha da
frente” para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte
do exército ucraniano.
A
Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam
os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.
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