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Polícia da República de Moçambique (PRM) informou hoje que ainda não há
evolução na investigação sobre o homicídio do constitucionalista moçambicano de
origem francesa Gilles Cistac, quando passam hoje duas semanas após o crime.
"Ainda
não temos novidades, a polícia está a trabalhar", afirmou, em conferência
de imprensa de balanço semanal da atividade da corporação, o porta-voz do
Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa.
Cossa
recordou que as autoridades moçambicanas pediram ajuda à Interpol (Polícia
Internacional) e às polícias dos países da África Austral, que possam ter na
sua posse informações que levem à captura dos autores do homicídio.
Gilles
Cistac foi morto a tiro no passado dia 03 por homens até agora a monte.
Dias
antes de ser assassinado, o jurista disse que tinha apresentado queixa na
Procuradoria-Geral da República alegando estar a ser caluniado em comentários
colocados no "Facebook", com recurso a um pseudónimo.
Cistac
foi o primeiro jurista moçambicano a defender que a exigência da Renamo
(Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, de fazer
aprovar uma lei sobre regiões autónomas para poder governar nas províncias onde
ganhou nas eleições gerais de 15 de outubro teria cobertura constitucional,
caso o movimento substituísse a exigência de regiões autónomas por províncias
autónomas.
Organizações
da sociedade civil moçambicana organizaram marchas de repúdio pela morte de
Gilles Cistac, exigindo a responsabilização criminal dos autores do homicídio.
Na
semana passada, o ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro,
procedeu a uma profunda remodelação na hierarquia da polícia, nomeando Paulo
Chachine para diretor-nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC), em substituição
de João Zandamela.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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