terça-feira, 17 de março de 2015

Moçambique. Polícia diz que não há evolução na investigação à morte de Gilles Cistac




A Polícia da República de Moçambique (PRM) informou hoje que ainda não há evolução na investigação sobre o homicídio do constitucionalista moçambicano de origem francesa Gilles Cistac, quando passam hoje duas semanas após o crime.

"Ainda não temos novidades, a polícia está a trabalhar", afirmou, em conferência de imprensa de balanço semanal da atividade da corporação, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa.

Cossa recordou que as autoridades moçambicanas pediram ajuda à Interpol (Polícia Internacional) e às polícias dos países da África Austral, que possam ter na sua posse informações que levem à captura dos autores do homicídio.

Gilles Cistac foi morto a tiro no passado dia 03 por homens até agora a monte.

Dias antes de ser assassinado, o jurista disse que tinha apresentado queixa na Procuradoria-Geral da República alegando estar a ser caluniado em comentários colocados no "Facebook", com recurso a um pseudónimo.

Cistac foi o primeiro jurista moçambicano a defender que a exigência da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, de fazer aprovar uma lei sobre regiões autónomas para poder governar nas províncias onde ganhou nas eleições gerais de 15 de outubro teria cobertura constitucional, caso o movimento substituísse a exigência de regiões autónomas por províncias autónomas.

Organizações da sociedade civil moçambicana organizaram marchas de repúdio pela morte de Gilles Cistac, exigindo a responsabilização criminal dos autores do homicídio.

Na semana passada, o ministro do Interior de Moçambique, Basílio Monteiro, procedeu a uma profunda remodelação na hierarquia da polícia, nomeando Paulo Chachine para diretor-nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC), em substituição de João Zandamela.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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