terça-feira, 17 de março de 2015

Polícia de Moçambique: "agente que baleou populares em Lichinga disparou por descuido"




A Polícia da República de Moçambique (PRM), na província do Niassa, que baleou, na ultima quinta-feira (12.03.) cinco cidadãos, tendo ferido quatro e morto um, diz que o agente estava apenas a tentar manter a ordem.

Quatro dias depois do sangrento incidente na capital provincial do Niassa, onde agentes da PRM dispararam sobre cinco cidadãos durante confrontos com populares do bairro de Chiuaula, a polícia pronunciou-se, finalmente, sobre o assunto. Os cidadãos protestavam contra um caso de violência policial ocorrido na cidade, em que um polícia tinha baleado um cidadão por este não ter pago o imposto de bicicleta no valor de 30 Meticais (0,80 Euros).

Os populares não obedeceram às ordens da polícia, afirma PRM

Através do seu porta-voz Alfredo Fumo, o comando da PRM no Niassa afirmou esta segunda-feira (16.03.) que o cidadão baleado no pé pela polícia "não obedeceu às autoridades no momento das negociações".

Alfredo Fumo afirma ainda que o polícia disparou por descuido: "Aconteceu este problema porque o tal cidadão desobedeceu. A polícia apenas quis proteger os funcionários que estavam a fazer o seu trabalho. Aquele indivíduo, para além de desobedecer, foi para cima do polícia! E aí aconteceu o drama: por qualquer erro, por qualquer falha, a arma disparou."

Cidadãos acusam: polícia disparou sem qualquer razão.

Manuel David (Lichinga) – Deutsche Welle

Sem comentários:

Mais lidas da semana