A
Polícia da República de Moçambique (PRM), na província do Niassa, que baleou,
na ultima quinta-feira (12.03.) cinco cidadãos, tendo ferido quatro e morto um,
diz que o agente estava apenas a tentar manter a ordem.
Quatro
dias depois do sangrento
incidente na capital provincial do Niassa, onde agentes da PRM dispararam sobre
cinco cidadãos durante confrontos com populares do bairro de Chiuaula,
a polícia pronunciou-se, finalmente, sobre o assunto. Os cidadãos protestavam
contra um caso de violência policial ocorrido na cidade, em que um polícia
tinha baleado um cidadão por este não ter pago o imposto de bicicleta no valor
de 30 Meticais (0,80 Euros).
Os
populares não obedeceram às ordens da polícia, afirma PRM
Através
do seu porta-voz Alfredo Fumo, o comando da PRM no Niassa afirmou esta
segunda-feira (16.03.) que o cidadão baleado no pé pela polícia "não
obedeceu às autoridades no momento das negociações".
Alfredo
Fumo afirma ainda que o polícia disparou por descuido: "Aconteceu este
problema porque o tal cidadão desobedeceu. A polícia apenas quis proteger os
funcionários que estavam a fazer o seu trabalho. Aquele indivíduo, para além de
desobedecer, foi para cima do polícia! E aí aconteceu o drama: por qualquer
erro, por qualquer falha, a arma disparou."
Cidadãos
acusam: polícia disparou sem qualquer razão.
Manuel
David (Lichinga) – Deutsche Welle
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